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Os Templários

 

Os Templários

Os Cavaleiros Templários eram uma organização francesa com um fundador francês. Além disso quase todo grão-mestre ou líder supremo na história dos Templários era francês, tornando a França a sede de seu poder na Europa.

Como surgiram os Cavaleiros Templários?

Sua história começou em 1099, quando durante a primeira Cruzada, exércitos católicos da Europa tomaram Jerusalém do controle muçulmano.

Os Peregrinos europeus invadiram a Terra Santa com resultados, mas muitos foram roubados e mortos quando passavam por áreas controladas pelos muçulmanos durante sua jornada.

Para combater estes ataques, o cavaleiro francês Hugues de Payens, líder, que levava uma vida de extrema pobreza, criou uma ordem militar composta por outros 8 soldados chamados de Pobres Cavaleiros de Cristo do Templo de Salomão.

Nove é para eles um úmero muito especial e mesmo Mágico(8 Cavaleiros + 1 =9)! Explicação : Na  cruz há 4 pontas sendo que em cada uma delas há 2 pontas que somam 8 + uma no centro =9.

Mais tarde, conhecidos simplesmente como os Cavaleiros Templários, isto, por volta de 1118.

Como religiosos faziam votos de pobreza, castidade e obediência.

Pregação de São Bernardo de Claraval

A partir das pregações de São Bernardo é que a Ordem ganhou força. Foi ele que apresentou ao Papa Honório II a Causa dos Templários. Isso aconteceu no Concílio de Troyes em 1129. Assim a Igreja reconheceu oficialmente a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão.

O nome de Templários vem de Templo e no caso aqui do Templo de Salomão, pois tinham suas bases lá.

São Bernardo escreveu os fundamentos espirituais para a Ordem seguir, mostrando que não era incompatível ser guerreiro e religioso, ao mesmo tempo.

A sociedade medieval tinha um grande apreço por esses monges guerreiros, pois eram homens que aceitavam a pobreza e a morte no campo de batalha para defender os peregrinos.

Recebiam doações e criaram o sistema precursor dos bancos de hoje: depósito e saque com letra de câmbio.

Explicação: Os peregrinos levavam dinheiro e alguns pertences de valor. Para não serem assaltados e mortos, entregavam tudo aos Cavaleiros que em troca lhes davam letras de câmbio. Quando chegavam ao seu destino apresentavam a letra de câmbio e recebiam o seu dinheiro. É claro que para este serviço cobravam juros e se enriqueciam cada vez mais.

Mas como também tinham uma missão militar faziam voto de proteger os peregrinos que se dirigiam à Jerusalém. A proteção era necessária, pois os muçulmanos estavam atacando os cristãos peregrinos que se dirigiam para a Terra Santa.

Eles protegiam os peregrinos de ladrões em todo o percurso e já na Terra Santa, dos ataques que os muçulmanos faziam aos Reinos Cristãos que as Cruzadas haviam fundado no Oriente.

Os Cavaleiros começaram a acumular uma grande fortuna graças aos peregrinos gratos em troca de sua proteção que lhes ofereciam dinheiro e outros bens.

O poder dos Cavaleiros Templários cresceu muito em 1139 e se espalhou além de Jerusalém quando o Papa Inocêncio II emitiu uma bula Papal que dava à ordem proteções extraordinárias, incluindo a isenção do pagamento de impostos ou dízimos em qualquer lugar do mundo e a retenção de todos os presentes que eles recebessem dos peregrinos gratos viajando pela Terra Santa.

No mesmo ano o rei Louis VII doou uma propriedade aos Templários na extremidade nordeste das muralhas da cidade parisiense onde um grupo de Cavaleiros se estabeleceu. Paris, preservou a memória destes, dando nome a vários lugares: a Praça du Temple, o Boulevard du Temple, A Rua du Temple, a rue Vieille du Temple, a rue das Fontaines du Temple, a Igreja du Temple…

Uma Fortaleza sob Paris

Sua propriedade original sucumbiu há muito tempo, mas pode-se ainda visitar o local logo atrás do Hôtel de Ville  ( Prefeitura ). De volta ao passado, ao redor da mansão, havia quilômetros de pântano. Para tornar a terra arável, os Cavaleiros Templários começaram a secar o pântano, uma façanha que eles conseguiram alcançar por volta de 1240. Embora as terras úmidas tenham desaparecido, há muito tempo, a área ainda é chamada de ”Marais” ou o “Pântano“.

O Marais já foi o lar da sede europeia dos Cavaleiros Templários, uma fortaleza gigantesca conhecida como a sede do Templo.

Na praça do Templo há uma grama verdejante sombreada por árvores frondosas, este parque idílico é construído bem em cima das ruinas da sede europeia dos Cavaleiros Templários.

A história destes senhores termina na Praça Vert-Galand onde seu último mestre Jacques de Molay foi queimado na fogueira.

Cercada por 8 muralhas de dez metros de altura esta fortaleza gigantesca outrora possuía torres, uma ponte levadiça, uma Igreja gótica, vastos estábulos e casas para os Cavaleiros. Foi aqui que os Templários guardavam porções do seu tesouro e criaram um poderoso “Estado dentro de um Estado“, que era inteiramente soberano em relação aos Reis da França.

Em Jerusalém o grupo ocupava uma ala do Palácio real da cidade, que diziam, havia feito parte do Templo de Salomão, daí veio o nome de Templários para a ordem, também formalmente conhecida como Cavaleiros Pobres de Cristo e do Templo de Salomão.

A principal identificação destes Cavaleiros era túnica branca com uma cruz vermelha estampada  na frente.

O primeiro símbolo da Ordem dos Templários é uma medalha com dois cavaleiros em cima de um cavalo.

Não demorou para que se tornassem fundamentais para a defesa dos Estados Cristãos implantados no Oriente Médio por isso chegaram a reunir cerca de 20.000 Cavaleiros.

A história dos Templários narra a vida dos guerreiros ativos nas Cruzadas, mesmo assim não conseguiram impedir os Muçulmanos de tomar Jerusalém.

Embora esse sistema de soberania tenha funcionado por algum tempo, tudo mudou em 1303, quando os Cavaleiros Templários foram forçados a transferir sua base de operações do Monte do Templo para a sua sede europeia, depois que Jerusalém foi tomada pelos exércitos Muçulmanos.

Uma vez que as guerras com o Islam já não eram tão frequentes, os Templários passaram a se dedicar à atividade mercantil financeira.

Graças à sua força militar assumiram ainda o papel de banqueiros da época, coletando e transportando riquezas entre a Europa e a Terra Santa.

Com o passar do tempo, nobres e Reis importantes se sentiram incomodados com o crescente poder econômico e político dos Templários.

Felipe o Belo, rei da França, que como vários outros soberanos, devia dinheiro à Ordem, resolveu enfrentá-la ordenando o confisco dos bens e a prisão de Cavaleiros que viviam em seu reino.

A perseguição se espalhou para outras regiões e os Templários passaram a ser acusados de blasfêmia, heresia, corrupção e outras coisas mais.

A organização durou cerca de dois séculos na Idade Média.

A pessoa mais importante dos Templários chamava-se Jacques de Molay  seguido de Geoffroy de Charnay. Estes dois Templários foram condenados à morte na fogueira.

Nada nem ninguém pode provar; não se sabe verdadeiramente se é uma lenda ou aconteceu: Clamando, em cima da fogueira, sua fé em Deus, sua inocência e a nobre missão da sua Ordem, Jacques de Molay teria lançado a terrível maldição:  Que o Papa Clément V e o Rei da França Philippe le Bel estariam  diante do Tribunal de Deus neste mesmo ano de 1314.

Ninguém pode provar, porém, no dia 20 de abril o Papa Clément morre no seu castelo de Roquemaure.  No dia 29 de novembro do mesmo ano Philippe le Bel morre em Fontainebleau.

As duas mortes espantaram as pessoas. Desde então a lenda e o mito fazem parte da História dos Templários.

Helena Landell

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