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Louvre- Parte 2

 

Louvre- Parte 2

Louvre vazio

O Louvre estava vazio durante a Segunda Guerra Mundial. Assim que as conquistas começaram, o exército de Hitler se engajou no saque sistemático, de obras de arte, de museus e coleções de artes particulares.

Jacques Jaujard

O Diretor assistente dos Museus Nacionais da França, Jacques Jaujard, previu que o Louvre precisaria ser protegido. Dez dias antes da Guerra ser declarada, ordenou que 3.690 pinturas, bem como esculturas e obras de arte fossem embrulhadas, encaixotadas e transportadas para lugares seguros. Um empreendimento gigantesco, considerando os riscos envolvidos, mesmo assim, Jaujard conseguiu realizá-lo.

Entre agosto e setembro de 1939, 200 caminhões transportaram os tesouros do Louvre em cerca de 1.900 caixas. Cada uma delas foi acompanhada por um curador.

Durante a invasão alemã na França, 40 museus foram destruídos ou seriamente danificados. Entretanto, quando chegaram ao Louvre, os Nazistas foram recebidos com molduras vazias.

Mona Lisa está sorrindo …

Mona Lisa está sorrindo”= mensagens codificadas foram usadas para se comunicar com as forças aliadas.

As obras de arte foram movidas várias vezes durante o curso da Guerra. Quando os aliados entraram na França, Jaujard enviou uma mensagem codificada na rádio BBC  (“La Gioconde a le sourire” que significa ”A Mona tem o sorriso”, para informá-los das coordenadas, a fim de que não fossem bombardeados. Placas enormes que diziam: ”Museu do Louvre” foram colocadas nos terrenos dos Castelos para que os pilotos pudessem vê-las de cima. Nenhum prédio do Louvre ou dos outros museus de Paris, foi danificado.

Em 1947, todas as obras de arte, dispersas, retornaram ao Louvre. As poucas lembranças, desta parte da história do Museu, são os buracos de balas, os quais foram feitos durante a libertação de Paris, uma vez que o pátio do Museu foi utilizado como prisão para soldados alemães.

Outra lembrança é a inserção do nome de Jaujard nas paredes do Louvre, na entrada da escola do mesmo. Ela encontra-se acima da porta, ao caminhar em direção do Jardin des Tuileries.

Nazistas guardaram arte saqueada no Louvre

De acordo com a ordem de Hitler, a propriedade privada judaica deveria ser levada sob custódia. Para tanto, foi criada uma força-tarefa dedicada a realizar saques e destruição. Foi quando as salas vazias do Louvre, apresentavam uma oportunidade para os Nazistas guardarem as obras que eles estavam “salvaguardando”. Para isso, estes requisitaram 3 salas do Louvre.  Jaujard acreditava que tal atitude ajudaria a manter um registro dos objetos.

Essas obras de arte sequestradas pelos Nazistas, fazem parte da coleção do Louvre e, em uma tentativa de corrigir os erros da história, o Museu vem trabalhando para devolvê-las aos seus legítimos proprietários. Todavia, desde 1951 o Museu só conseguiu devolver 550 delas, guardando ainda cerca de 1752.

A história do salvamento das coleções do Museu do Louvre foi por muito tempo um mistério. Jacques Jaujard sempre foi discreto sobre a maneira como a operação foi organizada, apesar do sucesso e do papel decisivo que teve para o país.

As visitas guiadas do Louvre, pela Paris City Vision, permitem que os visitantes revivam a história deste Museu durante a Segunda Guerra Mundial, em detalhes.

É necessário imaginar a transferência secreta de 4.000 peças do Louvre. Algumas têm dimensões colossais, outras pesam toneladas. Tudo foi muito lento, foram necessários vários anos para que as obras fossem espalhadas por toda a França. A maior parte está conservada no castelo de Chambord, no vale do Loire.

Pelas estimativas mais recentes, 7.500 pinturas de artistas de todo o mundo adornam a icônica galeria de artes do Museu. As pinturas são exibidas em 8 departamentos. E mais de 66% dessas pinturas foram feitas por artistas franceses.

A Balsa da Medusa

A liberdade guiando o povo

          

Coroação de Napoléon

Algumas são mais famosas e devem ser apreciadas, como: “A Balsa da Medusa, A Liberdade guiando o Povo, de Eugène Delacroix e a Coroação de Napoléon”

O Grande Louvre

François Mitterand

Início do projeto Pirâmide

O ano de 1981 e a eleição de François Mitterand para a Presidência da República, trouxeram várias mudanças ao Louvre. É o início do Grande Louvre com o anexo do edifício Richelieu, o qual até então era utilizado pelos escritórios do Ministério das Finanças.

O projeto foi feito pelo arquiteto Ieoh Ming Pei, americano de origem chinesa, o qual tem um CV brilhante e autor de uma ala da National Gallery of Art de Whashington.

Os trabalhos que incluíam também uma renovação das fachadas, trouxeram um verdadeiro renascimento para o Louvre. Foi ele que desenhou a Pirâmide cujo acesso foi aberto em março de 1989, simbolicamente o ano do bicentenário da Revolução Francesa.

Com a Pirâmide, o Museu do Louvre toma uma nova dimensão para se tornar uma referência nacional e internacional.

No início das obras foi um projeto odiado pela opinião pública. Atualmente, as opiniões mudaram e a Pirâmide é apreciada tanto pelos visitantes como pelos parisienses. Integra-se perfeitamente ao Palácio e tornou-se uma atração turística.

A Pirâmide que serve de entrada no pátio do Louvre, retoma as proporções exatas da Pirâmide de Quéops. A escolha desta figura não se deu, sem pensar, na importante coleção de antiguidades egípcias no museu, mas também no Obelisco da Praça da Concórdia, não distante dali, no prolongamento do Jardin des Tuileries.

Em sua base, a Pirâmide mede 35,42 metros de largura. 95 toneladas de aço e 105 toneladas de alumínio sustentam o conjunto. Sua altura é de 21 metros.

As placas de vidro das Pirâmides são constituídas por losangos e triângulos. Esta mistura permite a criação da forma triangular em proporções irregulares. Obteve-se assim um aspecto de joia lapidada.

Desenhada por I. M. Pei, a grande pirâmide foi muito desacreditada durante a sua construção. Desde o anúncio do projeto foi acusada de deformar o conjunto arquitetônico. Para que direção irá o Museu? Composto oficialmente de 673 placas de vidro, é comum dizer-se que o número real seria 666. É o número do demônio e da besta do Apocalipse. A construção da Pirâmide teria então um mau presságio, anunciando o fim do mundo?

A Pirâmide é definitivamente uma atração imperdível ao visitar o Museu do Louvre.

Três Pirâmides pequenas acompanham a principal. Os seus lugares foram estudados para criar “poços de luz”, sobre os acessos às coleções do museu.

Por último, a Pirâmide invertida é a que é visível no subsolo quando se chega ao Louvre via Carrossel.  É uma Pirâmide ao contrário e suspensa.

O Museu tem três entradas: Pirâmide, Carrossel e Passagem Richelieu. A melhor opção para entrar, é a Carrossel que fica na Rue de Rivoli número 99.  Passa-se por um pequeno Shopping e chega-se ao subsolo (-2) onde fica a Pirâmide Invertida. Avista-se a bilheteria e ter-se-á o acesso às três alas, então é só escolher por onde começar.

 

           

   Ieoh Ming Pei

O maior museu do mundo abriu-se, então, a novos públicos. Os últimos grandes canteiros de construção que marcaram o Louvre, foram os da organização do Pátio Visconti para instalar o departamento de artes do Islã.

Em 2014, O Museu do Louvre recebeu mais de 9 milhões de visitantes, dos quais ¾ eram estrangeiros.

É impossível visitar o Louvre em um só dia. Mesmo que o visitante ficasse apenas 30 segundos apreciando cada obra, levaria em torno de 200 dias para apreciar tudo.!

 Dois museus do Louvre

Temos dois Museus do Louvre, além do de Paris, há um segundo  na Península Arábica. É o segundo maior museu de Arte da Península Arábica, em Abu Dhabi e sua construção, custou ao país, mais de 600 milhões de euros.

Atualmente o Museu recebe cerca de um milhão de visitantes por ano, o que obviamente não é nada comparado ao número de visitantes que o Louvre recebe em Paris.

Após o passeio, é preciso saber que há uma praça de alimentação, além de cafés e restaurantes. Um conjunto de 15 cafés, restaurantes e pontos de venda take-away estão presentes em toda a área do Louvre. Distribuidos entre o Louvre, o Jardin des Tuileries, essas áreas de alimentação oferecem serviços de mesa e comida para viagem. Portanto, é possível se alimentar lá dentro. Naturalmente o preço fará jus ao lugar, mesmo assim você encontrará boas opções para seu orçamento.

Helena Landell

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Helena Landell

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