O Grand Palais é um local magnífico no coração de Paris. Construído para a exposição Universal de Paris em 1900, graças às técnicas de construção mais avançadas da época, é mundialmente conhecido pela sua ala central (nave) e o teto de vidro.
A nave central, com comprimento de aproximadamente 240 metros, é constituída por uma imponente cobertura, espaço finalizado por um amplo vitral.
A abóbada de berço, com o zimbório e a cúpula, compostos por aço e vidro pesam cerca de 9.000 toneladas e elevam-se a 45 metros de altura acima da cobertura, alcançando 60 metros na esfera da lanterna. O peso de metal utilizado, cerca de 7.000 toneladas, supera o da Tour Eiffel. A superfície do Palácio é de aproximadamente 13.500 metros quadrados.
As naves estão cobertas por uma armação metálica de cor verde Resedá a qual une todas as peças de vidro laminado o que dá grande luminosidade às naves.
Localiza-se na avenida Winston Churchill, nas proximidades dos Champs Élysées, como parte do conjunto arquitetônico formado pelo Petit Palais e a ponte Alexandre III.
Começou a ser construído em 1897 para abrigar a Exposição Universal de 1900, celebrada entre 15 de abril e 12 de novembro daquele ano.
Destacado pelo estilo eclético da sua arquitetura, denominado estilo Beaux Arts (Belas Artes) é característico da Escola de Belas Artes de Paris. O edifício reflete o gosto
pela rica decoração e ornamentação nas suas realizações até então insólitas, como o grande envidraçado da sua cobertura, a sua estrutura de ferro e aço à vista e a utilização do concreto armado.
O Grand Palais foi construído na mesma época que a Torre Eiffel e representa uma proeza arquitetural. A sua verrière (telhado de vidro) se encontra a 47 metros de altura, o equivalente a um imóvel de 15 andares.
A história de sua construção é interessante. Em 1892 o presidente Sadi Carnot decide organizar em Paris a Exposição Universal de 1900. Para corrigir os erros da Exposição precedente, marcada pelas dificuldades de circulação entre as duas margens do Sena, e pela ausência de lugares prestigiosos. Decidiu-se, então, construir, diante do Hôtel des Invalides (onde está o túmulo de Napoleão Bonaparte) e do outro lado do rio, um novo bairro com uma ponte ligando as duas margens. Este novo bairro teria uma larga avenida e dois palácios situados um em face do outro: o Petit e o Grand Palais e ao fundo o Hôtel des Invalides.
Foi aberto um concurso para a realização do projeto, porém, esse não teve um caráter internacional, restringindo-se unicamente à participação de arquitetos de nacionalidade francesa.
Depois de um amargo debate entre os organizadores, a imprensa e o grande público, não foi possível eleger um único vencedor. Uma equipe de quatro arquitetos foi selecionada para realizar uma síntese das suas propostas e aprovar um projeto comum. A direção geral ficou a cargo de Charles Louis Girault, enquanto os outros três arquitetos: Deglane, Louvet e Thomas se especializaram cada um, na construção das diferentes seções do edifício.
Este novo bairro foi dedicado à amizade franco-russa, com a construção da ponte Alexandre III, cuja primeira pedra foi colocada na presença do Czar Nicolas II.
O Grand Palais foi consagrado pela República como um Monumento dedicado à glória da Arte francesa, servindo como lugar de manifestações oficiais da Terceira República Francesa e símbolo do gosto de uma parte da sociedade da época.
Com o decorrer do tempo e a decadência do estilo Beaux Arts, o Grand Palais foi destinado progressivamente a usos diversos, como centro para salões técnicos e de exposições comerciais dos setores de automóveis, da aeronáutica, das ciências ou do desporto, convertendo-se em testemunho da evolução da Arte Moderna e dos avanços da civilização durante o século XX.
Atualmente abriga o Palais de la Découverte, desde 1937, destinado às ciências aplicadas e às Galerias Nacionais do Grand Palais e desde 1964 para a exposição de coleções provenientes de museus nacionais franceses.
Na construção, foram mobilizados por volta de 1.500 trabalhadores, aplicadas novas técnicas de construção, assim como o uso do concreto armado seguindo um sistema patenteado em 1892 por François Hennebique, juntamente com o emprego de meios consideráveis para a época: empilhadeiras a vapor , vias férreas para o transporte do material entre outras novas modalidades.
Na construção foram empregadas 8.500 toneladas de material, 500 a mais do que as utilizadas para a Torre Eiffel.
A obra teve um custo total de 24 milhões de francos.
Dificuldades com o terreno, onde foi construído o Grand Palais, apareceram quando Alfred Picard, comissário geral da exposição publicou um relatório em 1903, onde advertia sobre a existência de problemas estruturais do edifício, como consequência provável da descida do nível do lençol freático, o que provocaria, ao longo da história, numerosas intervenções de restauro até chegar à grande obra empreendida a partir de 1993.
Na praça em frente ao Grand Palais há dois monumentos, um de Charles de Gaulle que guiou a França durante a Segunda Guerra mundial e o outro dedicado a Georges Clemenceau, político que teve o mesmo papel durante a Primeira Grande Guerra.
Antigamente a avenida chamava-se Nicolas II em homenagem ao Czar russo. As pessoas vinham pela linha de metrô recém-criada em 19 de julho de 1800. A linha 1 tinha apenas 8 estações e as pessoas esperavam pelo trem, cerca de 10 minutos. Atualmente o tempo de espera é de 2 a 3 minutos. Foi um sucesso esta linha de metrô em frente ao Grand Palais, hoje ela se chama Champs Elysées Clemenceau.
A primeira coisa que se vê na fachada, no alto do Grand Palais é a escultura chamada “Triunfando sobre o tempo”. Ela é trágica e violenta. É clássica e ultrapassa o tempo. É destinada para diferenciar os artistas que aí expunham suas obras. Olhando com atenção percebe-se que os cavalos não estão seguindo na mesma direção.
Na outra extremidade há uma outra escultura “A Renomada”, que possui duas coroas de louro, a da mão direita apontando para o céu e a outra, na mão esquerda, além da coroa e louros tem também uma trombeta para anunciar o nome daquelas pessoas que seriam dignas de recebê-las.
Quando foi construído, os arquitetos pensaram em fazer uma perspectiva onde se destacassem o Petit Palais, a Ponte Alexandre III e o Hôtel des Invalides.
Em 2021, há 3 anos, foi fechado para algumas importantes obras de restauração. Atualmente, finaliza os preparativos para sediar as competições olímpicas e paraolímpicas de esgrima e taekwondo.
Em seu centro serão instalados tatames e as pistas de esgrima para as competições que começarão em 27 de julho.
A obra de restauração foi realizada a uma velocidade impressionante. Toda a superfície metálica do Palácio foi limpa e repintada. Foram instalados elevadores novos, mosaicos restaurados, parques, esculturas…
O desafio, agora, era adaptar o Palácio ao século XXI, criando várias saídas de emergência para poder duplicar a capacidade de visitantes (9.000 ao invés de 5.600).
Em caso de onda de calor ou frio extremo, o chão do pavilhão também estará equipado com um sistema de tubos cheios de água, que permitirá resfriar ou aquecer o espaço.
Durante as Olimpíadas o Grand Palais poderá receber 8.000 pessoas sentadas em duas arquibancadas às quais terão acesso por uma grande entrada totalmente reformada.
Após os Jogos Olímpicos o prédio voltará a ser aberto ao público em outubro. Lá são realizados vários eventos, como desfile de modas, exposições, etc…
Há muito ainda a dizer sobre este monumento, por isso seria interessante que, estando em Paris fossem conhecê-lo com mais informações e detalhes.
O Grand Palais é servido, nas proximidades, pelas linhas de metrô 1 e 13 na estação Champs-Elysées -Clemenceau e 1 e 9 do metrô na estação Franklin Roosewelt .
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Que ótima matéria Maria Helena!! Adorei, obrigada! ❤️🥰😘
Muito obrigada, gosto quando você lê minhas publicações.
A riqueza de detalhes é incrível, parabéns pelo artigo. Très bien
Boa tarde Rodrigo, obrigada pelos elogios. Continue mlendo meu blog.