Construído como residência real e sede do poder da monarquia francesa, em 1392, o edifício da Conciergerie foi transformado em uma das prisões mais duras da época.
A palavra “Conciergerie” nasceu no século XIV, após o Palácio ter perdido a função de Residência Real. O termo deriva de concierge, (zelador) um alto posto da monarquia francesa. Este era nomeado pelo Rei para garantir a ordem, o policiamento e o registro dos prisioneiros.
Normalmente esse cargo era ocupado por uma pessoa da nobreza.
Este prédio está situado no 1º. arrondissement, no coração de Paris, às margens do Sena, e é um dos monumentos mais importantes da França.
O conjunto arquitetônico da Conciergerie de Paris e a Sainte Chapelle (Santa Capela) são os vestígios mais antigos do Palais de la Cité (Palácio da Cidade), que foi residência dos Reis da França entre os séculos X ao XIV.
Em 1392 tornou-se uma prisão, após o Rei Carlos V mudar-se com toda a Corte para o outro lado do Sena, no Palácio do Louvre.
Durante a Revolução Francesa, a Conciergerie recebeu a sua prisioneira mais importante, a Rainha Maria Antonieta, a qual foi aprisionada em 1793, saindo da sua cela direto para a guilhotina.
Ao longo dos anos, o Palácio de la Cité sofreu muitas modificações, decorrentes dos incêndios que ocorreram em 1776 e 1871, além de inúmeras alterações demandadas pelos reis que passavam pela coroa. Por esses motivos, atualmente, pouco pode-se observar do Palácio original.
A Conciergerie é bem conservada, pode-se conhecer as antigas alas medievais e a parte da prisão, as paredes transpiram história e cultura.
Por centenas de anos o lugar acolheu os réus que aguardavam julgamento antes da execução.
Os mais pobres ficavam amontoados no chão de suas celas, já os mais ricos podiam se deitar em colchões de palha.
O Monumento possui quatro Torres Medievais que datam dos séculos XIII e XIV. São elas: Torre de Bon Bec, Torre d´Argent, Torre Cesar e Torre do Relógio Quadrado.
A Torre Bon Bec é o lugar onde os presos confessavam, às vezes mediante tortura, os crimes cometidos. A prisão foi transformada em Tribunal Revolucionário para julgar crimes políticos contrários à nova ordem. As penas variavam entre absolvição, exílio e morte na guilhotina.
É a mais antiga de todas. A prisão da Conciergerie era considerada como a antessala da morte, durante a época do Terror (Revolução Francesa), poucos deles saiam livres…
Ao centro há duas Torres gêmeas, as quais datam do reinado de Philippe le Bel (o Belo).
À direita está a Tour d’Argent (do Dinheiro), onde era guardado o tesouro da Coroa.
À esquerda, a Torre Cesar em memória à presença romana na ilha de La Cité.
Torre do Relógio. Foi João II, o Bom quem ordenou sua construção, que seria uma Torre de vigilância. Sua construção se deu entre os anos de 1350 e1353. Ela possui 47 metros de altura e tinha um papel importante na segurança do Palacio.
Em 1370 foi instalado na Torre o primeiro relógio público de Paris, construído por Henri de Vic. Nessa época, apenas pessoas ricas possuíam relógio de bolso, os relógios de pulso ainda não existiam e foi um importante presente para a população.
Nessa versão do relógio, constavam duas grandes imagens representando a Lei e a Justiça, as quais foram arrancadas e queimadas durante a Revolução Francesa. Posteriormente foram restauradas em 1852 e 1909.
Pode-se observar duas placas acima e abaixo do relógio com inscrições em latim.
Placa acima- ‘Aquele que já lhe deu duas coroas, vai lhe dar uma terceira”.
Placa abaixo- “Esta máquina que faz 12 horas em partes justas, ensina a proteger a Justiça e defender as Leis”.
A visita interna do prédio é imperdível, para que se possa compreender melhor a História da França.
O interior da Conciergerie é famoso pelas abóbodas, arcadas e colunas góticas, as quais conservam toda a sua majestade. As abóbodas se cruzam e descruzam ao longo do teto quadriculado por magníficos relevos esculpidos, é o caso da Sala das pessoas das Armas (salle des gens d’Arms), como é conhecida, trata-se de um salão medieval aberto para visitantes. Com 1.700 metros quadrados, foi construída no século XIV, entre os anos 1302 e 1313. Passou por restauração no século XIX. Ela tem aproximadamente 70 metros de comprimento, 30 metros de largura e 9 metros de altura. Durante muito tempo funcionou como refeitório para os empregados do Rei. Quatro grandes lareiras serviam para aquecer o espaço que incluem cozinhas.
Pode-se também visitar a masmorra na qual a Rainha Maria Antonieta passou seus últimos dias.
Há uma sala denominada ‘Sala dos Nomes’ . Trata-se de um local onde nas paredes estão gravados os nomes de mais de 4.000 pessoas julgadas entre os anos de 1793 e 1795, período de funcionamento do Tribunal Revolucionário.
Um dispositivo multimídia permite consultar a biografia, o retrato e os extratos dos processos judiciais envolvendo os condenados.
As listas de condenados pelo Tribunal Revolucionário, sobretudo o de Paris, entrou, de certa forma para a Memória Coletiva.
A Conciergerie é um edifício imponente, com uma história rica, é um dos Monumentos Nacionais e uma visita obrigatória caso queira saber mais sobre a História de Paris.
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