La Bouillabaisse
Buscando compreender a História por detrás dos alimentos, dos pratos e dos seus seguidores.
A Bouillabaisse é um dos clássicos da gastronomia francesa.
A origem deste prato é lendária. Uma delas diz que Vênus, a Deusa romana do Amor, inventou a bouillabaisse para fazer seu marido Vulcano dormir, assim ela poderia ficar com Marte, seu amante.
Muitos historiadores do alimento especulam que a bouillabaise é descendente da Kakavia, uma sopa tradicional dos antigos gregos, que colonizaram Marseille por volta de 600 a. C.
Kakavia é uma sopa de peixe grega e é também a panela de tripé usada pelos antigos pescadores jônicos. É uma caldeirada de peixe, descrita como a mais antiga das sopas de peixe da Grécia.
O prato se desenvolveu ao longo dos séculos como uma refeição na qual os pescadores pobres usavam várias espécies de peixes e criaturas marinhas, a maioria delas, sem muita saída, por serem feias. Estas, iam das docas diretamente para o caldeirão de ferro para alimentar as famílias.
No final do século XVIII, uma versão começou a ser servida em restaurantes.
Em 1966, o crítico de gastronomia do New York Times, Craig Claiborne chamou o prato Bouillabaisse de “um prato que sempre se presta à controvérsia.”
O debate sobre o que constitui uma bouillabaisse tornou-se tão feroz que um grupo de onze donos de restaurantes locais elaborou a Carte Marseille da Bouillabaisse na década de 1980, codificando os ingredientes e o preparo permitidos em um dos clássicos da gastronomia francesa.
Misto de sopa e ensopado o prato leva uma variedade de peixes, especiarias, tomate, uvas e azeite.
Em Marceille, cidade no sul da França, não há como escapar do prato de peixe conhecido como Bouillabaisse. Ao redor do Velho Porto, restaurantes com cardápios em várias línguas, atraem turistas com a promessa de um sabor autêntico do prato típico da cidade.
Na verdade, os marselheses nativos comem a bouillabaisse só em casa, nunca em um restaurante.
Às vezes o prato parece tão antiquado como o “Coque au vin” ou a “Blanquette de veau”. Em toda a França, muitos dizem que é difícil encontrar uma versão clássica do prato, que é algo entre uma sopa e um ensopado.
A maneira clássica de preparar a bouillabaisse é de se fazer um caldo usando peixes minúsculos, erva-doce, tomate, uma mistura de especiarias, azeite e água. Ferve-se o caldo por 20 minutos até engrossar, abaixa-se o fogo e depois coa-se em uma peneira.
Pelo menos 5 tipos de peixes ficam marinando por várias horas em vinho branco, azeite, tomilho, alecrim, páprica, cúrcuma, muito alho e açafrão.
Peixe marinado
Parte do ritual da bouillabaisse é a apresentação do peixe marinado antes de ser cortado e jogado no caldo fervente no último minuto.
A palavra bouillabaisse deriva do provençal “boui” (abaixo), que significa, “quando ferver abaixe o fogo.”
É um prato que vale a pena experimentar!
Coq au Vin = Galo ao Vinho
Conta a lenda, que em 50 a.C., os gauleses liderados por Vercingentorix estavam em guerra contra os romanos sob o comando de Júlio César.
Vincengetorix e Julio César
Após um longo tempo de batalhas e enormes baixas entre os combatentes, Vercingéntorix enviou a Júlio César um galo como presente tendo recebido como resposta um convite para jantar, onde o prato servido foi justamente o galo cozido no vinho.
É uma versão histórica, dentre tantas outras, porém a certeza é a de que se tornou um prato delicioso, aromático e de sabor inigualável.
Preparado com galo, exige grande tempo de cozimento, para que sua carne fique macia. Atualmente o frango vem substituindo a proteína original, o que acelera o processo da execução.
O galo era, nada menos, que o símbolo da França.
Todo país tem um emblema além da Bandeira. A Águia na Alemanha, o Leão na Inglaterra, o Galo na França.
O Galo é a figura simbólica mais antiga do país e uma das mais populares.
Com atenção, pode-se ver galos por todos os lados, sendo o mais famoso de todos, o que decora o belo portão de ferro forjado, do Palácio do Governo, o Palácio de L´Élysée.
No interior da França encontram-se Galos sobretudo no alto das torres de igrejas. Neste caso, ele é figura simbólica de proteção.
A origem do Galo como emblema da França está ligada ao jogo de palavras entre “Gallus”, o habitante da Gaule (nome da região pré-França) e “Gallus”, o animal.
Após a queda do Império Romano esta representação caiu no esquecimento. Porém no século XII ela é retomada pelos ingleses e alemães, inimigos da França. Estes diziam que os Reis Louis VII e Philippe Auguste, possuíam todos os defeitos do Galo: brigão, arrogante e com os pés nos excrementos.
Com o passar dos anos os franceses transformaram o termo Galo em sinônimo de proteção e de coragem, vinculando à ideia de Monarcas defensores dos seus povos como o galo no galinheiro. Louis XIV apreciava esse emblema e por isso encontram-se “Galos” na Galeria dos Espelhos no palácio de Versailles.
A verdade é que o Galo é o símbolo de uma França rural e os citadinos não são sensíveis ao seu charme.
A seleção nacional de futebol da França usa com orgulho e há mais de 100 anos, uma camisa adornada com um galo gaulês.
Desde sua aparição no uniforme da equipe nacional , quando a França perdeu de 5 a 2 para a Bélgica, em 1909, o Galo tornou-se onipresente e sempre esteve no peito dos campeões mundiais de 1998 e 2018.
Em 1998 o Galo do futebol francês permaneceu o tempo todo durante a Copa do Mundo, quando o Mascote da competição foi o Footfix, um Galo gigante enfeitado com as cores nacionais: azul, branco e vermelho.
Footfix é um nome criativo, uma mistura de Footbal com “Asterix”, o mais famoso personagem do desenho animado francês.
O Coq au Vin é um clássico francês com milênios de História. Contar sua História é ir ao fundo das civilizações europeias.
Blanquette de Veau
Blanquette vem de blanc, branco em francês.
Veau é o vitelo e a tradução poderia ser Vitelo em molho branco.
É um dos pratos mais famosos da culinária francesa. Eles também utilizam a técnica para frango, cordeiro e coelho.
Os cubos de carne bem cozidos são servidos com um molho aveludado, engrossado com uma mistura perfeita de gemas e creme de leite conhecida como liaison (liga). O sabor suave da carne é realçado com uma escolha bem equilibrada de diversos temperos, ervas aromáticas e especiarias.
Vocês já escolheram o que vão saborear em primeiro lugar ?
parabéns 👏
Letícia