Com uma localização excepcional, entre o Museu do Louvre e a Praça da Concorde, o Jardim das Tulherias foi o primeiro jardim de Paris que teve caráter público.
Faz parte dos espaços verdes mais apreciados de Paris. Situado no centro da cidade LUZ, permite ir ao Museu do Louvre, ao Museu D´Orsay, ao Museu do Jeu de Paume, e à praça da Concórdia, permitindo também chegar às margens do rio Sena. É um passeio ideal para os pedestres que querem aproveitar diversos ambientes da Capital em um só lugar.
No passado, neste espaço, havia fábricas de “tuiles” ou telhados, daí o nome de Tulherias. Após a demolição das fábricas, ali começou a construção de um Palácio, o das Tulherias. A Rainha Catarina de Médici encomendou ao arquiteto Philbert de Orme um Palácio Real em 1564, no local da antiga fábrica de telhas. Porém, ela nunca residiu lá, pois era uma mulher muito supersticiosa. Diz a lenda, que seu astrólogo Ruggieri, uma vez previu que ela morreria perto de Saint Germain e o Palácio ficava nas proximidades da Igreja de Saint Germain l´Auxerrois. Por mais cautelosa que fosse, a Rainha preferiu viver em uma casa recém-construída; o Hotel de Soissons, hoje o local da Bolsa do Comércio.
As obras começaram sob a iniciativa, caprichos e ordens dela. O Palácio seria acompanhado por belos e extensos jardins do estilo florentino.
Tratava-se de um rico jardim à italiana, com várias alamedas, uma fonte e uma gruta decorada.
Um século mais tarde, o Rei Louis XIV e Jean-Baptiste Colbert, contador do Estado de Finanças, encomendaram a André Le Nôtre, um novo desenho para os Jardins, os quais teriam maior extensão. Nessa época, o Jardim já era público e acessível a todos os parisienses.
Hoje, o Palácio das Tulherias não existe mais, foi destruído em 1883, entretanto parisienses e visitantes continuam passeando ali. Vários pequenos lagos e esculturas dão ritmo aos passeios. É um lugar particularmente propício para encontros e brincadeiras. Bancos e cadeiras estão colocados à disposição gratuitamente. Todo ano uma parte da Fashion Week de Paris ocorre ali, mesclando celebridades, modelos e apaixonados da Moda.
O Parque de Diversões de Paris também ali está com a festa
que ocorre todos os anos no verão, de junho a agosto.
Carrossel, tem fantasma, roda gigante e muitos outros brinquedos que invadem um dos mais belos jardins de Paris.
Além das atrações, sorvete, crepes, cachorro-quente e outras delícias são vendidas nos quiosques e barraquinhas espalhadas pelo Jardim. A entrada é gratuita, mas todos os brinquedos são pagos.
O Rei Henri IV (1553-1610) fez o Palácio ser ampliado para o Sul. De lá ele alcançava a Grande Galeria, paralela ao Rio Sena, a qual corria até o Palácio do Louvre.
O jovem Louis XIV viveu lá até a Rebelião de Fronde ( foi uma reação às políticas iniciadas por Richilieu, Primeiro Ministro do Rei Louis XIII, que enfraqueceu a influência da Realeza e reduziu os poderes dos órgãos judiciais.)
De 1667 a 1672 o Rei e sua Corte se estabeleceram nas Tulherias, antes de se mudarem para Versailles.
Grandes transformações ocorreram no Palácio sob o reinado do Rei Sol, que nomeou o arquiteto Louis Le Vau para realizar o trabalho.
De 1664 a 1666, o arquiteto francês e seu assistente François d’Orbay renovaram os interiores e adicionaram uma cúpula retangular no topo do Pavilhão de l’Horloge (Pavilhão do relógio).
Ao mesmo tempo, o Jardim das Tulherias passou por uma grande remodelação. O Rei contratou seu melhor jardineiro, André Le Nôtre para desenhar os novos Jardins.
Em 1789, os eventos da Revolução Francesa se desenrolaram muito rapidamente.
No dia 14 de julho, ocorreu a tomada da Bastilha, em Paris, quando insurgentes desmantelaram a Fortaleza, símbolo do Poder Real.
Em 6 de outubro, os revolucionários forçaram o Rei Louis XVI e sua família a deixar Versailles para as Tulherias.
Era mais fácil mantê-los sob a vigilância no Palácio, o qual se tornou a residência oficial do Rei da França.
Menos de dois anos depois, em junho de 1791, a família Real tentou escapar, ou seja, fugir da França. Eles foram capturados em Varennes, Lorraine e trazidos de volta para as Tuilherias.
Foi então que em 10 de agosto de 1792, uma multidão armada invadiu o Palácio e matou a Guarda Suíça. A família Real fugiu pelo Jardim para escapar refugiando-se na Assembleia Legislativa.
Após a Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte fez das Tulherias o centro do seu poder Imperial. Em 1808 o Imperador iniciou a construção da Galeria Norte que eventualmente chegaria ao Louvre. Ao fazê-lo, o complexo monumental, concluído do Louvre até as Tulherias, encerrou uma vasta praça ou esplanada.
A fachada que dava para o Jardim era ornamentada com uma esplêndida escadaria.
Seu sobrinho, Napoleão III, também fez do Palácio, a sede oficial do Segundo Império. Ele reformou e redecorou luxuosamente os interiores. Não somente pinturas, mas também fotos antigas nos dão uma ideia de como era o interior.
Foi no dia 23 de maio de 1871 que o Palácio histórico encontrou seu destino, há 150 anos ou mais …
O Palácio das Tulherias foi destruído por um incêndio em 1871, durante a Comuna de Paris ( A Comuna de Paris foi um governo socialista radical que governou Paris após a Guerra Franco-Prussiana, de 18 de março a 28 de maio de 1871).
O Edifício foi queimado por radicais que o viram como um símbolo da Monarquia e opressão. O incêndio durou três dias e o Edifício ficou em ruínas até 1883, quando estas foram demolidas.
Os Jardins que faziam parte do terreno do Palácio, permaneceram como um parque público, os Jardins das Tulherias.
No dia 10 de agosto de 1792, os “sans-culottes” (pessoas do povo na revolução) tomaram de assalto o Palácio em um dia sangrento o qual marcou a morte da Monarquia francesa.
No meio da ação militar 12 homens, sob as ordens de um comandante da Comuna de Paris atearam fogo nas Tulherias. Para atingir os objetivos, usaram petróleo, alcatrão líquido e terebentina. Explosivos colocados no pavilhão central explodiram a fabulosa e icônica cúpula.
O incêndio durou 48 horas e destruiu a maior parte do Edifício. Também danificou o vizinho Louvre, o qual milagrosamente escapou do mesmo destino.
Felizmente o Palácio estava vazio durante o incêndio, pois seus móveis e obras de arte foram armazenadas em um local seguro durante a Guerra Franco-Prussiana.
No dia 25 de maio, os bombeiros de Paris deram fim ao incêndio.
As ruinas do Palácio permaneceram por uma década inteira, para ser exato, por 11 anos!
Muitas fotos da época mostram as ruinas terríveis, fechando a perspectiva do Louvre.
A Terceira República estava hesitante, afinal, as Tulherias eram recentemente relacionadas aos antigos regimes imperiais dos dois Napoleões.
Após anos de procrastinação na reconstrução, a Assembleia Nacional, finalmente, votou em 21 de março de 1882 para limpar as ruinas. Pessoas influentes protestaram com tal decisão.
Vários meses foram necessários para a total demolição. Quando o local foi totalmente limpo em 1883, o Estado guardou diversas peças das fachadas como lembrança. O empreiteiro da demolição, Achelle Picard foi escolhido para limpar o local. Ele vendeu pedaços de pedra e mármore, os quais, hoje, estão espalhados pelo mundo. Na verdade, um comércio semelhante ocorreu com a queda do muro de Berlim.
Peças maiores e muito importantes são encontradas em vários locais de Paris, como estátuas que outrora decoraram o frontão do pavilhão central do Palácio, hoje estão no Salão construído sob o Arco do Carrossel.
É um passeio maravilhoso e completo para todas as idades!
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