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Castelos na França

Chambord

Autora do Blog em Chambord

A França é repleta de Castelos e a quantidade é muito discutida, porém podemos afirmar que passam de seiscentos. Grande parte deles está no vale do rio Loire.

Vamos começar pelo maior de todos, Chambord. O mais imponente, é uma obra prima da arquitetura renascentista. Hoje  o Castelo é classificado como patrimônio Mundial da Unesco desde 1981.

Foi construído por François I, apaixonado pelas artes e que era muito amigo do arquiteto Leonardo da Vinci. Não é certo nem comprovado que da Vinci trabalhou lá, porém há muitos indícios. O maior deles são as escadas, a principal atração do castelo e que ficam no centro exato do mesmo. Há duas escadas para subir  mas, elas não se cruzam. As pessoas nunca vão se encontrar. Os que sobem por uma não veem as outras pessoas. Dizem que uma era destinada aos nobres e a segunda aos servos. É um artifício que diverte muito os visitantes.

Era um castelo de caças, aliás a região toda era destinada a este esporte.

Chambord possui 426 quartos e 282 lareiras. Os 60 quartos estão abertos à visitação e oferecem uma coleção de 4.500 objetos de arte.

Salamandra é um pequeno anfíbio que vive na água e na terra  e  é representada no Castelo  mais de 300 vezes, em tetos e paredes.

François I escolheu a salamandra como emblema, simbolizando a  crença popular  do seu poder em resistir às chamas , um animal extraordinário que merece o ditado:“Eu me alimento do fogo, assim apago o mal”.

Na primavera Chambord abre seus jardins: 600 árvores, 800 arbustos, 200  roseiras. Uma obra grandiosa. O parque do Castelo de Chambord   é tão vasto quanto Paris entre muros, é o maior parque fechado da Europa.

Chenonceau



Chenonceau está situado no rio Cher, afluente do rio Loire. É conhecido como o das sete Damas, pois sempre foi governado por mulheres.

A primeira foi Diane de Poitiers  (1499-1566), amante de Henri II, que a convenceu a vir morar no Castelo.

 

Diana foi uma nobre, nascida na França por volta de 1499. Durante o reinado de Francisco I, ela fez parte da corte francesa.

A grande história de Amor entre Henri e Diana é representada de várias maneiras  uma delas são as iniciais do casal, entrelaçadas. Um H e um D, espalhadas por todo o castelo.

 Outra forma que o Rei encontrou para homenagear sua amada, foi  encomendar várias esculturas da Deusa da caça, Diana com seus símbolos como o arco e a flecha.

 Há também uma belíssima pintura representando Diana com essas  armas chamado Diana a caçadora.  

 A segunda foi Catarina de Médici, a verdadeira esposa de Henri II que governou por um período.

 

        Em um torneio defendendo as cores de sua amada Diane de Poitiers, Henri II foi ferido gravemente por uma lança que atingiu seu olho, vindo a  falecer alguns dias depois. Com a sua morte Catarina, agora regente, expulsou sua rival   mandando-a para outro castelo: Chaumon sur Loire.

Tudo o que foi realizado por Diana, Catarina abandonou, fazendo coisas novas, começando pelo jardim.   O de  Diana era sempre muito florido, principalmente na primavera. O novo foi construído no lado oposto do primeiro.

 Na ponte sobre o rio, a esposa mandou construir uma enorme galeria destinada às festas  suntuosas da corte. Durante a primeira guerra mundial esta galeria serviu de hospital para soldados e na segunda guerra de base para a Resistência.

 Catarina teve três 3  filhos e uma filha, a célebre Rainha Margot.

 Seu filho Henri III casou-se com Louise de Lorraine.  Louise ficou viúva e sua tristeza foi tal que mandou cobrir as paredes de seu quarto de preto, decorada com desenhos de ossos, caveiras e outras coisas mais. E a partir de então vestiu-se  de branco, sinal de viuvez.  Ficou conhecida como a Rainha Branca, ou seja, cor de viúva Real.

       Uma curiosidade: com as iniciais de Henri e de Diana se cruzando, a chegada de Catarina um outro C foi acrescentado  ficando CHC, sempre entrelaçados.

 

Cheverny

Maria Helena Landell em Cheverny – 1989

O Castelo de Cheverny é também o do museu de Tintin.

Diz a história que o cartunista belga George Remi, cujo pseudônimo é Hergé teria estado no local e se inspirado nesta construção para a criação do chãteau de Moulinsart, propriedade fictícia de um antepassado do Capitão Haddock, parceiro de Tintin e de seu fiel cão Milu.

Tintin viajava pelo mundo inteiro sempre acompanhado de Milu.

 Os livros de Tintin, escritos por este cartunista tão amado pelos leitores de histórias em quadrinhos, foram publicados em dezenas de países. São ao todo 23 volumes de: ”As aventuras de Tintin“.

Fonte: Wikipédia

 

Hergé foi um dos maiores artistas do século XX. Dedicou toda sua vida ao seu herói Tintin e este ficou mais célebre do que seu próprio autor. Ele dizia: “Tintin, c´est moi“ = Tintin sou eu! Começou a escrever em 1929 e foi até à sua morte em 1983.

Hergé nasceu na Bélgica em 1907. Ex-escoteiro, o artista criou seu mais famoso personagem em janeiro de 1929.

Cheverny, localizado no vale do Loire, há uma hora e quarenta, mais ou menos, de Paris, foi inspiração para Hergé articular as aventuras do jovem repórter Tintin.

É possível visitar a exposição permanente com salas temáticas sobre as histórias deste personagem.

O Castelo é  privado e seu proprietário ainda mora lá há mais de dez anos.

                  

  Cheverny cães e caça

               Fonte: Familiabassethound.blogspot.com-alimentacao-dos-caes-de-caca-hounds-do Castelo Cheverny

 

 O canil foi criado em 1850 e o castelo abriga uma matilha com mais de cem cães anglo-franceses.  São cães de um cruzamento do Fox inglês com o francês Poitevins.  São cães de caça e todos têm uma marca V de Vibraye, feita à tesoura do lado direito da barriga.

Caçadas são organizadas regularmente de veneria (caça a cavalo com auxílio de cães.)

Caso esteja no castelo no final da tarde não perca a alimentação deles que é às 17 horas, de primeiro de abril a quinze de setembro.

Estes três castelos são os mais visitados no vale do Loire , mesmo nos meses de inverno talvez sejam os únicos abertos à visitação.

Helena Landell

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