Carcassonne
Situada quase na fronteira com a Espanha, bem ao sul da França, entre os Pirineus e o Maciço Central francês. Na antiguidade, Carcassonne tinha uma posição comercial estratégica por estar entre duas importantes vias terrestres, a ligação entre o Atlântico e o Mediterrâneo.
É a cidade medieval melhor preservada da Europa e também a mais murada.
Sua origem nos remonta ao século VI AC, encontrando-se aí os primeiros vestígios de aglomeração humana.
A cidade é dividida ao meio pelo rio Ode. Em sua margem direita se localiza o centro comercial, suas praças e igrejas, é chamada de cidade Baixa e foi fundada em 1247 pelo rei Louis IX da França.
Na margem esquerda se localiza a Cidadela que deu origem a Carcassonne. Esta, é cercada por duas muralhas dotadas por apenas dois portais para entrada e saída sendo chamada de Cité de Carcassonne. Atualmente ela é anunciada como “A cidade de duas cidades“. Ambas são servidas de inúmeras atrações, que valem ser visitadas.
A Cidadela possui igrejas de diferentes estilos e são muito lindas. A Catedreal de Saint Michel data por volta do século XII, e faz parte do monumento histórico da França desde 1886. Seu projeto caracteriza-se pela simplicidade de linhas, com uma fachada lisa destacando apenas a rosácea e o pórtico gótico. Seus vitrais são do século XIV.
A Basílica de Saint Nazaire é a joia da cidade. Ali misturam-se estilo gótico e românico.
Aqui gostaria de explicar a diferença entre o estilo românico e o gótico.
Suas construções seguiam o padrão da horizontalidade apresentando um caráter austero e inflexível, com planos maciços e fortes.
A Arte românica recebe este nome uma vez que suas construções foram inspiradas no estilo desenvolvido durante o Império Romano, que dominou por séculos quase toda a Europa Ocidental.
O estilo gótico nasceu na França e se desenvolveu entre os séculos XII e XV. As construções góticas são na maior parte altas, ou seja, nota-se uma forte presença da verticalidade, o que indicava o desejo de permanecer cada vez mais perto de Deus.
No gótico a espessura das paredes muda, tornando-se mais fina e mais leve. Há também o aumento no número das janelas e vãos nas construções que permitiam maior entrada de luz. O aumento também é presente no número de portas de entrada, cerca de três em cada construção. Já os vitrais não só ornamentavam como também facilitavam a entrada de luz.
Na época do Renascentismo, Deus ainda era importante, é claro, porém o ser humano começou a ser mais valorizado. Foi nesse período que começaram a pensar no seu conforto, daí igrejas mais arejadas e iluminadas, e o exterior com lanças ou agulhas dirigindo-se ao céu como que elevando as preces dos homens.
Há também o Château (castelo) que fica no interior da fortaleza. É ele que serviu de moradia e abrigo para os nobres durante as Cruzadas. Apesar de estar aberto ao público, nem todas as partes da construção podem ser visitadas.
A doutrina cátara tinha algumas divergências com o catolicismo, não aceitava a hierarquia de bispos e papas e nem o Novo Testamento. Jesus era apenas um apóstolo e não o filho de Deus.
Por todas estas diferenças, os cátaros começaram a ser considerados hereges, pela igreja católica.
Isto justificou a Cruzada Albigense de 1209. Esta, era formada por um exército com mais de 2000 soldados comandados por Simon de Monfort, o qual forçou a rendição dos cidadãos de Carcassonne.
Com raras exceções, mosteiros e igrejas, que recebiam os cátaros, foram destruídos. As crenças e ideais dos cátaros, porém, permaneceram até os dias atuais, não só no sul da França como em outros países.
O castelo de Carcassone juntamente com outros, na França, são chamados de castelos cátaros.
A cidade baixa ainda conserva suas ruas estreitas com comércio ativos e algumas construções da época. Vários conflitos contribuíram para modificar a arquitetura da cidade: as próprias Cruzadas, conflitos religiosos ligados à Reforma Protestante, a Revolução Francesa, e mais recentemente a implantação da vinicultura, um dos subsídios da economia local.
Carcassonne recebe anualmente cerca de 3 milhões de turistas do mundo todo.
Suas origens se remetem aos anos 43 e 30 AC. No século III, da nossa era, recebeu muros flanqueados por torres de proteção. Mesmo assim foi ocupada por bárbaros e visigodos, e no século VII por árabes.
O que diferencia Carcassone de outras cidades medievais também muradas, é que encontram-se aqui duas muralhas que a abraçam completamente, e não apenas uma.
A primeira ou a anterior foi erguida entre os séculos III e IV, quando os bárbaros iniciaram seus ataques aos romanos.
A segunda muralha, a externa, foi construída no século XIII, pelo rei Louis XI.
Na metade do século XVII perdeu sua importância como cidade estratégica entre as fronteiras de França e Espanha.
Toda a cidade antiga esteve abandonada e as muralhas danificadas para material de reconstrução da cidade baixa.
Somente no século XIX começou a restauração de Carcassonne e a modernização da cidade Baixa.
As duas principais estão junto aos portões de Narbonne, a principal entrada da cidade. As torres quadradas que protegem a entrada dão acesso à basílica de Saint-Lazare e ao Castelo de Conte.
Porque o nome de Carcassonne? Cercada de lendas, a mais famosa é da que existiu uma Dama chamada Carcas, esposa de um príncipe Sarraceno, que deu nome à cidade. Esta senhora que viveu no castelo local por volta do século VIII, colocou um ponto final no cerco que acontecia há mais de um ano, no lugar.
A situação era precária, a escassez assolava a região, esmo neste deplorável estado, ela engordou um porco, e quando este estava bem pesado, ela o jogou pelas muralhas. Assim ela foi capaz de fazer sua estratégia se tornar vitoriosa, já que o outro lado recuou e eles puderam hastear a bandeira branca. Ao final de tudo os sinos da cidade soaram. Sonner em francês significa soar. Completa-se o verbo com o nome da Dama que nada mais é que Carcas = Carcassonne.
Vale a pena visitá-la e apaixonar-se!
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Querida Helena que honra conhecer Carcassonne com você.
Maravilha
Carcassone me encanta, pretendo visitá-la um dia!