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Boulevard Saint-Germain

Boulevard Saint-Germain

 

O Boulevard Saint-Germain está situado na margem esquerda do rio Sena, em Paris. É assim chamado em homenagem ao bispo Germano de Paris e devido à proximidade da Igreja Saint-Germain de Près, a ele dedicada.

Esta, é considerada a mais antiga da Europa, construída durante o século VI, por volta do ano de 542.

É importante porque o bairro se desenvolveu ao redor dela, sendo o seu verdadeiro coração e o principal símbolo da região.

  

Durante muitos anos, importantes artistas de Paris passaram por essa rua: escritores e pintores frequentavam e conversavam nos seus bares.

Com seus 3.150 metros de comprimento cerca de 30 metros de largura, ele atravessa três arrondissements: o 5º, o 6º e o 7º.

Ele parte do rio Sena, na esquina do Quai Saint-Bernard na frente da ilha de Saint- Louis no 5º arrondissement e continua ao longo do rio. Algumas centenas de metros, no sopé da Montmartre Sainte -Geneviève, logo após, atravessa o 6º arrondissement e reencontra o Sena na Quai d´Orsay. É a principal via do Quartier Latin, junto com Boulevard Saint Michel e do Boulevar Saint -Germain.

Um dos bairros mais queridos dos parisienses, é a cara da cidade e o coração de Paris.

Saint -Germain é um lugar apaixonante tanto para quem mora, quanto para quem o visita. Impossível resistir às suas ruas charmosas e elegantes, aos seus restaurantes e cafés, onde a grande pedida é ficar sentado nas cadeiras vendo o belo vai e vem dos pedestres, e é claro, sua história.

Foi um bairro boêmio que atraiu nas décadas de 30, 40 e 50 muitos americanos e outros estrangeiros. Foram muitos os expatriados famosos que moraram lá ou que frequentaram os cafés e livrarias locais juntamente com os redutos do Quartier Latin.

O mais gostoso é caminhar, sem pressa, apreciando tudo o que os olhos conseguirem capturar. Porém, alguns pontos, vale a pena dar uma paradinha mais demorada ou provar uma iguaria da gastronomia francesa.

É ponto de partida para muitos passeios. Grandes filósofos como Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre tomavam café no Café de Flore, onde mantinham discussões filosóficas que resultavam em livros e teses.

                         

Parada obrigatória para turistas, o Café de Flore e o Deux Magots, encontram-se lá, um ao lado do outro. Passar por esse quarteirão, é pisar em calçadas históricas.

O Deux Magots, muito famoso por ter sido frequentado por Ernest Hemingway, filósofo existencialista, e autores dos anos 50.

O nome “Deux Magots” vem das duas estátuas de madeira de comerciantes chineses que enfeitam um dos pilares.

E que vista! Com a igreja, símbolo do bairro, como pano de fundo, a Igreja Saint Germain du Prés, sua torre dá ainda mais charme à vizinhança.

 

Brasserie Chez Lipp – a Brasserie existe há mais de 137 anos. Seu endereço é 151 Boulevard Saint-Germain.  Recebe os hóspedes em um lugar único, mantendo o charme do início do século passado. Templo da gastronomia parisiense serve comida tradicional pub, onde a qualidade do produto é premium.

                    

Sophia Coppola                                                          Madonna

Lipp é uma das mais amadas instituições gastronômicas de Paris onde você pode ser vizinho de Madonna, Sophia Coppola, a cineasta, e praticamente todo o PIB artístico mundial. Situada exatamente em frente dos famigerados cafés: Deux Magots e do Le Flore, vale a pena conhecer uma das principais características de toda as brasseries que é, independente da hora, ser possível fazer uma refeição completa, diferente dos restaurantes onde os horários são limitados…

Criada por exilados da Alsácia (a peculiar região francesa que faz fronteira com a Alemanha e que foi anexada pelos alemães em 1870) originariamente, era um ponto de fabricação e consumo de cerveja e da culinária local, simples, com um menu que quase não sofreu alterações desde então, honrando a tradição francesa de preservação do patrimônio.

Ainda na categoria exclusividade, Lipp tem um 2º andar para onde são enviados aqueles que o olho treinado do maitre julgou não fazer parte de “A Liste”. Só os clientes antigos sabem que o 2º andar é como um “limbo” em uma boate concorrida.

O interessante no Lipp é que temos a sensação de ter voltado no tempo…

O ambiente da Brasserie Lipp não é chique, porém os frequentadores são personagens da coluna social ou dos cadernos de cultura.

Não apenas Jean-Paul Belmondo (que aparece em uma fotografia com o dono da casa) era um habitué da Lipp, mas inúmeras personalidades desde a sua criação até hoje.

O curioso é que pessoas que frequentam Lipp não são aquelas do show business, mas personalidades que abraçam abertamente e prestigiam a tradição francesa de cunho popular da brasserie e a história de uma época na qual o dinheiro não reinava sobre o talento, que a moda não era mais importante que o estilo e que os lugares como Lipp representam tão bem.

O paradoxo de reunir VIPs em um ambiente informal e democrático tem lá o seu preço, que não é exatamente barato.

Contrariando todos os códigos da alta gastronomia ou da criativa e nova bistronomia, a comida de brasserie é “rica” dos pés de porco recheados aos Monts Blancs da Angelina, a pâtisserie preferida da Coco Chanel.

Mas para quem não quer arriscar em “pratos exóticos” como “pés de porco recheados”, o “poulet rôti” (frango assado de 100 dias de maturação) é irrepreensível!

A vedete da casa é mesmo a chucrute, o prato típico da Europa Central feito com os embutidos e repolho fermentado.

Relais de L´Entrecôte, outro ponto tradicional de Paris, também em Saint-Germain. É aquele tradicional restaurante de um prato só. O Steak frites pode parecer banal, mas algo na sua receita secreta agrada muito. Ninguém resiste ao molho especial. Vem acompanhado de bastante salada. Peça junto com um vinho da casa e terá a experiência completa.

LA DURÉE é a famosa e conhecida pâtisserie de Paris. É um dos pontos turísticos parisienses mais procurados. Fica no número 21 rua Bonaparte.

Uma pequena explicação: Saint Germain é o nome dado à região que fica em volta do Boulevard Saint Germain e das ruas que o cortam. Nestas ruas estão os segredos desta região e o seu espírito: mistura de moda e intelecto, alta costura e editoras, restaurantes e livrarias.

                               

Maison Georges Larnicol    está no número 132 do Boulevard Saint-Germain. É uma boutique de chocolates! Uma loja tão linda que vendo de longe sua vitrine quase parece uma joalheria. Além de deliciosos são lindos e com um formato diferente.

Teatro Nacional de L´Odéon ou Teatro da Europa

 Este teatro de estilo neoclássico foi construído em 1779. Depois da segunda Guerra, especializou-se na produção de dramas contemporâneos e era o mais bem frequentado de Paris. Foi inaugurado em 1782 pela rainha Maria Antonieta.  

                                        

Em 1990, o Teatro foi renomeado, para Théâtre de L´Europe.

Passando pelas ruas discretas dentro do bairro, com suas lojas e hotéis de charme, pâtisseries, chocolateiras, antiquários e galerias de Arte, percorrendo essas ruas compreende-se porque essa região ainda é residência de uma elite intelectual que não abandona a Rive Gauche  e luta para salvá-la da descaraterização completa.

Helena Landell

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