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Antoine de Saint- Exupéry

Antoine de Saint- Exupéry

O autor nasceu no dia 29 de junho de 1900 em Lyon, a segunda maior cidade francesa, situada no sul da França. Pertenceu a uma família antiga de nobreza rural. Foi o terceiro filho do conde Jean Saint Exupéry e da condessa Marie Foscolombe.  Perdeu o pai aos 5 anos de idade .

Após o falecimento do pai,mãe e irmãos mudaram-se para Saint Maurice de Rémens  na casa de sua tia. Era um casarão construído em 1820, onde Exupéry passou sua infância e adolescência.

 O Château como era chamado pelos franceses pertence à Prefeitura, está fechado ao público faz 20 anos à espera de uma reforma. Foi neste lugar que nosso escritor começou a soltar sua imaginação, escrevendo contos e prosas.

 Antoine era apaixonado por mecânica desde a infância e já sonhava em chegar mais perto das estrelas.

Em 1921 ingressou no Serviço Militar e se tornou piloto de avião, passou pelo Brasil algumas vezes entre 1928 e 1930, quando trabalhava para o Correio Aeropostal.

Havia uma base para reabastecimento de aviões em Florianópolis, Santa Catarina.

 A área equivale a 20 campos de futebol, fica há 500 metros de um mar super limpo  em um dos pontos mais valorizados da capital catarinense, cercada por condomínios de luxo e pela antiga vila de pescadores. O terreno foi comprado em 1927 pela companhia aérea francesa Latécoère, onde foi construído um gramado com mudas trazidas da França. A pista servia de escala para voos do Correio na rota da Europa para Buenos Aires. Exupéry era um dos pilotos da Companhia.

Lá havia um alojamento para pilotos franceses, ele fez amizade com os moradores da região e em especial com o seu Deca que o recebia para comer pirão e outros pratos locais. Também para caçar marrecos e manter como podiam uma conversa, já que os dois não falavam a mesma língua. Como o nome de Saint-Exupéry era difícil de pronunciar para a população local, o chamavam de Zéperri, isto deu origem ao livro Deca e Zé Perri, escrito por Getúlio Manoel Inácio, o filho do seu Deca.

          Em Florianópolis existe uma avenida na praia do Campeche que foi batizada de Pequeno Príncipe em homenagem ao autor.

 Exupéry também escreveu para jornais, revistas francesas e outros países sobre muitos assuntos como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã na França. Além disso, publicou diversas obras caracterizadas por elementos de aviação e guerra, entre elas: O Aviador, Voo Noturno, Terra dos homens e a Carta de um refém.

Foi autor de um Best seller Universal. O escritor era também piloto pioneiro do Correio Aéreo francês e retratou a aventura de voar, compartilhada com companheiros da Aeropostal. A aventura que atravessou fronteiras políticas, geográficas e sociais.

 Em abril de 1943, logo após o livro ser publicado nos Estados Unidos, colocou os manuscritos e desenhos do Pequeno Príncipe em um saco marrom e o entregou à sua amiga Sílvia Hamilton. “Eu gostaria de lhe dar algo esplêndido”, disse à ela, mas isto é tudo o que tenho.

 O manuscrito original tem quase o dobro do tamanho do livro publicado. Apesar de Antoine ser francês, o livro foi publicado primeiramente nos Estados Unidos. Isto aconteceu porque o autor estava refugiado na terrinha do tio Sam, já que os Nazistas  haviam invadido a França.

 A obra não fez sucesso imediato e só foi publicada, na Terra Natal do escritor,  dois anos após a sua morte. Exupéry foi também ilustrador, ele fazia os rascunhos dos desenhos do Pequeno Príncipe em qualquer papel que encontrasse por aí. Desde guardanapos até correspondência.  Desenhava usando aquarela enquanto ouvia Mozart, durante longas noites.

 Há várias ilustrações do livro, mas não há a imagem do personagem narrador piloto. Esta foi encontrada entre os pertences do escritor.

Em 1930 o avião de Antoine despencou no deserto da Líbia. Ele ficou perdido durante 3 dias sem comida e sem água, junto com o seu mecânico. É incrível como sobreviveram à queda do avião. Encontrou entre as Dunas uma simpática raposa e foi cativado por ela e assim a transformou em um dos personagens do livro.

Estudou no colégio jesuíta de Notre Dame, em Mans de 1909 a 1914. Neste ano, juntamente com seu irmão François transferiu-se para o Colégio dos Maristas, na Suíça, onde permaneceu até 1917. Em abril de 1921 iniciou o serviço militar no Segundo Regimento da Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames de admissão da Escola Naval.

 Em 17 de julho de 1927 obteve em Rabat, para onde fora mandado, o brevê de piloto civil.

Foi ele que criou a primeira companhia de Correios.

Em 1922, já era piloto militar brevetado, com o posto de subtenente de reserva. Em 1926, recomendado por um amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação, onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar, na mesma equipe dos pioneiros Vacher, Mumoz, Guillaumet e outros. Foi por essa época, quando fechou o posto de Cabo Jupy, no sul de Marrocos e uma colônia Espanhola, que os Mouros lhe deram o cognome  de Senhor das Areias.

 Ficou 18 meses no Cabo Jupy, durante os quais escreveu o romance Courrier du Sud (Correio do Sul)  e negociou com as tribos Mouras a libertação de pilotos que tinham sido detidos após acidentes ou aterragens forçadas.

Marco histórico na casa que foi de Saint-Exupéry (Quebec-Canadá) 

 Após quase 25 meses na América do Norte, Saint-Exupéry retornou a Europa para voar com as Forças Francesas Livres e lutar com os Aliados  num esquadrão do Mediterrâneo. Com 43 anos, ele era o mais velho  entre os homens designados para funções e sofria de dores devido às suas muitas fraturas.

Foi designado com inúmeros outros para pilotar aviões P-38 Lightning. A última tarefa de Saint-Exupéry foi de recolher informações sobre o movimento de tropas alemãs em torno do Vale do Ródano, antes da invasão aliada no Sul da França.

Em 31 de julho de 1944, partiu de uma base aérea na Córsega e não retornou. Ele desapareceu jovem, no mar, no Sul da França, durante a Segunda Guerra Mundial, foi alvo dos Nazistas, seu corpo nunca foi encontrado.

Em 2004 os destroços do avião que pilotava foram achados há poucos quilômetros da costa de Marselha.

Não se sabe por que razão Exupéry desviou da rota prevista que era Grenoble, na fronteira com a Suíça e foi cair na região próxima a Marselha. Saint- Exupéry tinha como tarefa voar na França e fazer fotos aéreas.

 Em geral os pilotos tinham dois objetivos: 1- objetivo principal era de fotografar a região de Grenoble e em seguida reportar estas fotos. Naquele dia a meteorologia era boa para quem ficasse na terra, mas não para os aviadores.

 Buscas procurando o avião levaram o alemão Horst Ripper assumir ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry.

 Mas como o piloto alemão poderia saber quem estava no avião? Traços de impacto foram procurados. Até hoje não há nenhuma prova de como o avião desapareceu…

Um pescador encontrou no fundo do mar o bracelete onde está gravado o nome de Antoine de Saint –Exupéry. Considera-se uma prova concreta da morte do piloto e autor do livro O Pequeno Príncipe, desaparecido há mais de meio século.

“Eu parecerei estar morto, mas não será verdade”, afirma o personagem principal do livro, ao final da trajetória dos Planetas. O desterro do autor seria semelhante a do próprio personagem.

Mesmo sem túmulo Antoine de Saint- Exupéry tem seu nome gravado no Panthéon  cujo lema é: Aos grandes homens a pátria reconhecida!

aline

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