A história do cinema
O cinema que conhecemos hoje, nem sempre foi assim. Na verdade era muito diferente… mas, sempre nos encantou, nos fez chorar, rir, e claro nos transportou para lugares inimagináveis.
É considerado a sétima Arte, nos dá a possibilidade de recriar o passado, imaginar o presente e visualizar o futuro.
A tecnologia que possibilitou o surgimento do cinema foi inventada em 1895, os primeiros filmes produzidos tinham poucos segundos de duração , mostrando apenas algumas cenas do quotidiano ou alguns simples truques visuais.
Ao contrário do que muitos pensam o berço do cinema não é Hollywood e sim a Europa. Foi lá, em Paris, no ano de 1895 que os irmãos Louis (1864-1948) et Auguste Lumière (1862-1954), apaixonados por inventos e fotografia desenvolveram o cinematógrafo e exibiram aquilo que conhecemos hoje como a primeira demonstração do cinema para o público pagante. Os dois irmãos através de um mecanismo de uma máquina de costura fizeram o primeiro projetor do cinema. Com este, várias pessoas podiam assistir o filme ao mesmo tempo, bem diferente do cinematógrafo de Edison, onde somente uma pessoa por vez poderia assisti-lo .
Ambos estavam a par das descobertas de Thomas Edison e fizeram pequenas alterações nos fotogramas a fim de evitar problemas legais. Foi baseado no cinetoscópio de Edison que inventaram o cinematógrafo. Era um aparelho três em um, pois filmava, revelava e projetava.
Desta maneira, o invento dos irmãos franceses superou os concorrentes e transformou-se no aparelho preferido daqueles que desejavam registrar imagens em movimento.
Os irmãos Lumière eram filhos de um fabricante de materiais fotográficos cuja fábrica estava localizada em Lyon, na França.
Pesquizaram e aperfeiçoaram as primeiras câmaras fotográficas contribuindo para o surgimento da fotografia colorida. Através do cinematógrafo começaram a realizar seus primeiros filmes que consistiam em captar imagens com o aparelho parado.
O cinema estava praticamente inventado, só que eles não contavam estórias como hoje em dia. Os Lumière não enxergavam o cinema como forma de Arte. Eles mesmos não prosseguiram sua carreira pelo cinema. Louis ainda inventaria o fotograma e se dedicaria à ciência, enquanto que Auguste continuaria seus estudos na área de bioquímica e biologia.
No dia 12 de dezembro de 1895, em Paris, no “Grand Café” foi realizada a primeira
projeção cinematográfica tal que conhecemos hoje. O público presente era de aproximadamente 30 pessoas e foi considerado um grande sucesso na época! Assim em uma sala escura fora apresentados dez curtas metragens, entre eles os mais famosos são: “A saída dos operários da fábrica Lumière” e “A chegada do trem na estação“, conhecidos como os primeiros filmes da humanidade.
O interessante é que quando os espectadores assistiram o filme do trem, ficaram muito assustados e alguns até saíram correndo achando que o mesmo iria atropelá-los , afinal, ninguém sabia exatamente o que era o cinema.
Origem do cinema
Conseguir imagens em movimento foi algo perseguido desde a Antiguidade. As sombras sempre exerceram fascínio nos seres humanos, o que rendeu inclusive a criação do teatro das sombras.
Com o advento da fotografia foi possível fixar a imagem em uma superfície de papel, placa de metal ou vidro.
Desta maneira não podemos compreender a história do cinema sem conhecer a da fotografia. A própria etimologia da palavra cinema explica isto, afinal “cinema” é a abreviação de “cinematógrafo”. Já “cine” vem do grego e significa movimento e o sufixo “ágrafo“ aqui significa gravar, assim temos o movimento gravar. Por isso, diversos inventores de países como a França e os Estados Unidos, desenvolveram aparelhos para captar e projetar imagens em movimento.
O cinematógrafo era uma máquina cuja manivela permitia captar as imagens, revelar o filme depois projetá-lo em tela.
Vejamos a máquina!
Lanterna Mágica
Inventada no século XVII, tratava-se de uma câmara escura que projetava, através de lentes e luz desenhos pintados à mão em vidros. Um narrador se encarregava de contar a estória e algumas vezes havia acompanhamento musical.
A lanterna mágica se tornou uma grande atração em feiras urbanas, mas também foi usada no ambiente acadêmico.
Praxinoscópio
No Praxinoscópio cada imagem deveria ser desenhada cuidadosamente para dar a
ilusão de movimento.
Construído em 1877 pelo francês Charles Emil Reynaud (1844-1918) o praxinoscópio consistia em um aparelho de formato circular no qual as imagens iam se sucedendo e davam a sensação que estavam se movendo.
Inicialmente restrito ao ambiente doméstico Reynaud conseguiu em 1888 aumentar o tamanho de sua máquina. Isto permitiu projetar os desenhos para plateias maiores e estas performances ficaram conhecidas como “teatro óptico”.
Estas projeções alcançaram enorme sucesso no final do século XIX. De fato o praxinoscópio só foi superado pelo cinematógrafo dos irmãos Lumière.
Cinetoscópio
O invento só foi possível porque Edison criou uma película de celuloide capaz de guardar as imagens e assim projetá-las através das lentes.
O cinema era visto apenas para fins documentais e para registrar através de uma câmara estática algo que estava acontecendo diante da lente. Seria o que se chama de “teatro filmado”.
Entretanto dois pioneiros vão utilizar as câmaras para contar estórias, criar técnicas e narrativas que somente seriam possíveis com este aparelho.
Destacamos dois precursores do cinema narrativo: Alice Gui –Blaché e Georges Meliès .
Georges Meliès estava na primeira exibição dos filmes dos irmãos Lumière. Ele foi muito importante pois usou os filmes para contar uma estória e não somente para passar imagens aleatórias. Talvez o mais conhecido seja “Viagem para a lua“ adaptação de um conto de Julio Verne. Ele foi o primeiro a tratar sobre o assunto de alienígenas.
Georges Melès, depois de assistir os filmes dos irmãos Lumière ficou encantado com as possibilidades daquele novo sistema. Ao todo ele produziu mais de 500 filmes e nesses desenvolveu várias técnicas que são usadas até hoje. O mais importante é que ele introduziu a narrativa no cinema.
Foi também o primeiro ou senão um dos primeiros a utilizar efeitos especiais em filmes. O que explica um pouco suas ideias mirabolantes para criar a ilusão nos seus filmes. Foi em 1896 que ganhou uma filmadora e começou, então, a exibir seus filmes.
Suas produções começaram a atrair cada vez mais o público e ele acabou construindo um estúdio nos arredores de Londres. Foi uma construção gigantesca com o teto e as paredes feitos de vidro para que ele pudesse aproveitar a luz do dia para as filmagens, onde poderia construir cenários e criar novos efeitos especiais.
Mas foi em 1902 que a história do cinema iria mudar definitivamente com a obra
prima de George, o filme “viagem à lua”. Na época em que os filmes tinham a duração média de um minuto, Viagem à lua tinha inacreditáveis 14 minutos de duração.
George Méliès se tornou pai dos efeitos especiais e também pai da ficção científica no cinema.
Apesar de tudo, muitos inventores e produtores tentaram unir sequências de imagens e sons, porém todas as técnicas empregadas causaram frustração.
Este insucesso surgiu com o cinema mudo, principal atração da década de 20 e 30. Vale lembrar que atores e atrizes dublavam enquanto o filme era transmitido. A dublagem era feita em tempo real. Charles Chaplin é considerado como uma das figuras mais importantes do cinema mudo. Pelo uso de suas mímicas e comédias pastelão seu nome foi sempre relacionado ao cinema mudo.
Chaplin era ator, diretor, produtor, dançarino, roteirista e músico e morreu aos 88 anos em 1977.
Já no Brasil, o primeiro filme exibido foi em 1896. Foram oito filmes de um minuto cada, e só a elite pôde assisti-los pois os ingressos eram bem caros. A exibição foi no Rio de Janeiro, onde um ano depois foi inaugurada uma sala fixa de cinema.
Atualmente a indústria cinematográfica cresceu consideravelmente. Não há mais a necessidade de nos deslocarmos para o cinema, pois ele chegou até a nossa casa. Uma nova descoberta foram os streamings ou seja plataformas como Netflix, Amazon e HBO que podem ser consideradas umas das maiores do mundo !
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