O Panthéon em Paris é um monumento de estilo neoclássico situado no Monte de Saint Geneviève, no quinto arrondissement (divisão Administrativa). Em Paris há 20 destas divisões em pleno Quartier Latin.
À sua volta encontram-se edifícios importantes como a igreja Saint Étienne – de –Mont, a Biblioteca Saint Geneviève, a Universidade Paris-Sorbonne , a Prefeitura do quinto arrondissement e o Liceu Henrique IV.
Este monumento de 1790 foi projetado por Jacques Soufflot inspirado no Panthéon romano.
A rua que sai da frente do Panthéon recebe o nome deste arquiteto. Da rua Soufflot consegue-se uma perspectiva favorável do Panthéon , a partir do jardim de Luxembourg.
O nome do monumento Panthéon vem do grego “pantheion “, que significa “de todos os deuses”.
Concebido inicialmente por Louis XV, como igreja para abrigar as relíquias de Saint Geneviève durante a Revolução Francesa, o Panthéon é um templo laico e republicano.
Hoje ele é um lugar de importantes personagens da Nação francesa, como diz a célebre inscrição no alto da fachada.. ”Aos grandes homens a nação reconhecida “(Aux grands hommes, la Pátrie Reconnaissante).
Concebido no formato de cruz grega, o monumento tem 100 metros de comprimento e 84 de largura. A beleza e a importância dos elementos arquitetônicos se mostram nos espaços amplos das colunas e no piso de mármore.
Passada a Revolução francesa, o Panthéon se tornou um espaço, ao mesmo tempo, Republicano e religioso.
As enormes pinturas murais retratam a trajetória dos santos franceses: Saint Louis, Jeanne d´Arc e Sainte Geneviève.
Esculturas com temas patrióticos e militares da França também são lembrados.
Cúpula tripla –Um elemento essencial da construção permanece invisível ao visitante. Enquanto alguém pode pensar que apenas uma cúpula sustenta a claraboia e a cruz no seu topo, na realidade são 3 cúpulas que estão alinhadas uma dentro da outra.
No interior, pode-se ver na cúpula central, a apoteose de Sainte Geneviève, padroeira de Paris, e um belo afresco.
Panthéon é indubitavelmente monumental.
Iniciadas em 1764, as honras do edifício foram encomendadas por Louis XV, o qual após recuperar-se de uma grave doença ordenou ao arquiteto Soufflot a construção de uma basílica em tributo a Sainte Geneviève (padroeira de Paris) em substituição à antiga abadia ali existente.
Concluído em 1790, o edifício tornou-se laico pelos movimentos revolucionários burgueses, transformando-o em Panthéon Nacional.
Ligando a cúpula ao solo, uma intrigante obra. Neste mesmo lugar em 1851 o físico francês Jean Bernard Leon Foucault fez uma experiência e comprovou o movimento de rotação da terra. Ele criou um enorme pêndulo, usando uma bola dourada de metal de 28 quilos, suspensa por uma corda de piano, presa na cúpula a quase 70 metros de altura.
Desde 1996, esta cópia do pêndulo de Foucault está instalada no Panthéon reproduzindo a incrível experiência e hipnotizando os turistas com este belo movimento.
Até a construção da torre Eiffel em 1889 o Panthéon era o ponto mais alto de Paris.
No frontão, além da inscrição, vemos uma figura de mulher que representa a Pátria e com suas mãos distribui louros. À sua esquerda louros às ciências, aos filósofos e escritores. Pode-se ver Voltaire que recebe uma coroa. À direita aos homens da História e uma mulher que grava os nomes de grandes homens. Ainda deste lado vemos Napoleão que recebe uma coroa.
Diz-se que este monumento é neo clássico, quando na verdade ele é eclético.
Na base, Soufflot quis fazer uma cruz grega, (Cruz onde os 4 lados têm o mesmo comprimento) mas o espaço não permitiu, então precisou aumentar as medidas fazendo uma cruz latina (cruz onde o comprimento é maior do que a largura).
Janelas foram abertas para entrar a ventilação e evitar a umidade uma vez que a armadura é feita de ferro.
É impressionante o tamanho dos afrescos nas paredes, contando a história dos diferentes personagens da França. Eles possuem cores muito vivas. É um verdadeiro museu. Podemos dizer que os mais importantes são os afrescos de Sainte Geneviève que contam a sua historia.
Sainte Geneviève é a santa padroeira da cidade de Paris. Nas tradições católica, romana e ortodoxa oriental, foi uma virgem e santa católica francesa. Seu dia é festejado em três de janeiro.
Esculturas com temas patrióticos e militares também decoram o interior.
Há outros tantos que lembram que este monumento pertence à República. A estátua da Convenção Nacional mostra que este edifício é laico, feito em 1920, 15 anos após a separação da Igreja do Estado.
No subsolo do Panthéon a cripta cobre toda a extensão do edifício. Em quatro galerias repousam personalidades célebres. Os filósofos Jean Jacques Rousseau e Voltaire, os políticos Jean Gambetta e Jean Jaurès, o escritor Alexandre Dumas, que descansa junto aos túmulos de Victor Hugo e Émile Zola.
Jean Jaurès político socialista fundou o jornal L´Humanité , órgão oficial do Partido Comunista francês e compositor do Hino do Movimento.
Descendo à Cripta encontram-se duas grandes esculturas: de Voltaire e de Rousseau, uma em frente da outra. Grande ironia, pois os dois escritores não se amavam e agora estão condenados a ficar um em frente ao outro para a eternidade.
Atualmente há na Cripta 80 personagens da história francesa, sendo que somente cinco mulheres estão entre eles. A mais famosa é Marie Curie. Ela nasceu na Polônia e se naturalizou francesa. Era física e química e conduziu pesquisas pioneiras sobre a radioatividade sendo a primeira nessa área em várias conquistas e foi a primeira mulher a ganhar o premio Nobel e isto se deu por duas vezes. Foi também a primeira mulher a se tornar professora na Universidade de Paris.
Os cientistas Pierre e Marie Curie foram transladados para a Cripta do Panthéon em 1995. O casal de físicos estudou a radioatividade e o magnetismo.
A segunda mulher Simone Veil é a mais recente no Panthéon 2018.
Simone é sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, foi magistrada, por várias vezes foi Ministra do Estado da França e uma das promotoras da União Européia.
Indo a Paris não deixe de visitar este Monumento lindo e enriquecedor!