O Museu de Arte Sacra de São Paulo é fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado de São Paulo e a Mitra Arquidiocesana, em 28 de outubro de 1969 e sua instalação data de 29 de junho de 1970.
Este Museu é uma das principais instituições brasileiras voltadas ao estado, conservação e exposição de objetos relacionados à arte sacra.
Localiza-se na cidade de São Paulo, na ala esquerda do Mosteiro da Luz, um convento de recolhimento de monjas enclausuradas, fundado em 1774, por iniciativa do Frei Galvão (1739-1822), onde estão seus restos mortais. Frei Galvão foi o primeiro Santo brasileiro.
O Mosteiro é a única edificação colonial do século XVIII em São Paulo a preservar seus elementos, materiais e estruturas originais. Encontra-se inserido em meio à última chácara conventual urbana do país. Foi tombado como Monumento arquitetônico de interesse nacional em 1943, pelo então SPHAN, atual IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e posteriormente pelo Condesphaat (Conselho de Defeza do Patrimônio, Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo).
Mantido por um acordo entre o Governo do Estado e a Arquidiocese de São Paulo, o Museu foi fundado em 1970. Abriga um dos mais importantes acervos de Arte Sacra do Brasil acumulado pela Mitra Arquidiocesana ao longo do século XX, com peças provenientes de antigas igrejas de todo o país.
Há também imagens de santos, feitas no Brasil e na Europa entre os séculos XVI e XX, além de pratarias e quadros.
A coleção também tombada pelo IPHAN, abarca obras brasileiras e estrangeiras produzidas a partir do século XVI, com especial ênfase na imagens do período colonial. Várias obras de artistas exponenciais como Aleijadinho, tem réplicas das estátuas dos profetas, do lado de fora do Museu.
O patrimônio que se conserva hoje no Museu de Arte Sacra de São Paulo tem sua origem em uma importante coleção gradativamente formada, desde o início do século XX, por iniciativa de Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo.
Por ocasião da demolição da antiga Catedral da Sé, para a construção da atual, Dom Duarte determinou a distribuição por diversas igrejas das obras de Arte da igreja demolida, na expectativa de reuni-las novamente em uma coleção unificada. Assim, já na primeira década do século XX, provavelmente 1907, é inaugurado o “Museu da Cúria”, o primeiro dessa tipologia no Brasil.
Para constituir seu acervo, Dom Duarte mandou recolher diversas imagens sacras, pinturas, móveis e objetos litúrgicos (alfaias, ostensórios, báculos, etc.) provenientes de capelas de fazendas demolidas e de igrejas, mosteiros e conventos do interior e da capital paulista.
Além das peças da antiga Sé, o Museu logrou reunir obras dos já demolidos, recolhimento de Santa Teresa em São Paulo e da igreja de São Pedro, no Rio de Janeiro, das ruinas das Missões Jesuíticas do Rio Grande do Sul e de diversas capelas e igrejas barrocas de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e do Centro- Oeste brasileiro. Dom Duarte também doou ao Museu da Cúria sua importante coleção particular de numismática.
O Museu da Cúria continuou a recolher peças provenientes do interior paulista, e acomodar os acervos de várias igrejas da capital, demolidas ao longo da primeira metade do século XX.
Até então o acervo era mantido em uma sala na sede da Cúria, na rua Santa Teresa.
Em 1969, quando Abreu Sodré era governador de São Paulo, seu secretário da Fazenda, Luís Arruda Martins, empenhado na criação e consolidação de uma rede de equipamentos culturais no Estado, deu início às negociações junto ao Cardeal Agnelo Rossi, visando a criação do Museu de Arte Sacra de São Paulo, a ser constituído pela junção do acervo da Cúria e de obras do governo paulista.
O convênio entre governo e a Arquidiocese foi aprovado após obras de restauração do Mosteiro da Luz, coordenadas pelo IPHAN, o Museu foi instalado e aberto à visitação pública em 29 de junho de 1970.
Ao acervo inicial, juntou-se um conjunto de imagens e pinturas, transferidas pelo governo do Estado, do Museu do Ipiranga e outras peças sacras adquiridas no mercado de Arte por Luís Arrobas Martins. Outras ainda, seriam doadas por artistas, colecionadores particulares e empresários, nomes como os de Pietro Maria Bardi e Ciccillo Matarazzo. Este último, que foi também o fundador da Bienal, doou o presépio Napolitano, que é enorme e de uma beleza indescritível. É um dos maiores presépios do mundo e o cenário é inacreditável! O presépio ocupa uma sala inteira e fica exposto permanentemente.
As peças em exposição vão desde joias e objetos em prata e ouro, a móveis e obras de arte esculpidas em madeira. A visita é repleta de belos trabalhos.
Alguns dos nomes encontrados no local são: Mestre Valentim, Frei Agostinho de Jesus, Frei Agostinho da Piedade, Mestre Ataíde, Almeida Junior e Benedito Calixto.
A peça de maior destaque é a escultura de Nossa Senhora das Dores de Aleijadinho.
No final da década de 1970, o Mosteiro da Luz passou por outra grande reforma, agora empreendida pelo Condephaat, o qual visava recuperar sua antiga fisionomia dos setecentos.
Nessa época, assume a direção do Museu o padre Antônio de Oliveira Godinho, que busca reformular o perfil museológico da Instituição e estabelece critérios didáticos para a exposição das obras do acervo.
Em 1979, o Museu recebeu a visita do pontifício João Paulo II.
Atualmente o Museu ocupa o pavimento térreo da ala esquerda do Mosteiro da Luz, além da chamada “Casa Forte” (antigo cemitério das Religiosas falecidas em clausura, no Mosteiro) o qual abriga algumas das mais preciosas peças da coleção.
É um Museu histórico e perene, tem a curiosidade de um edifício que não mudou, em uma cidade totalmente modernizada.
O Museu reúne e preserva, uma grande parte do acervo barroco do Estado de São Paulo, mobiliário e imagens. É um acervo muito rico em documentação e vale a pena ser visto pelos mais diversos enfoques.
Em 1928 temos Anita Malfati, modernista, com sua obra: “A ressurreição de Lázaro”.
O Museu tem uma amplitude temporal muito grande.
É necessário conectar a história no tempo, trazendo o mesmo para o nosso atual.
São necessários também, especialistas e técnicos que saibam lidar com esses objetos.
Ao receber o acervo é preciso cuidar dele. Após, preserva-se a peça e para apresentá-la faz-se um levantamento, ou seja, quem a fez, onde estava, de onde veio, porque está aqui. Não se pode apenas mostrá-la, mas também sua finalidade é de educar .
Para isto, há o treinamento de monitores, a elaboração de cursos para que desperte na sociedade, não somente interesse, mas que seus olhos e coração se aprofundem no estudo que aqui está, a fim de que, esta linguagem comunique o seu significado e aquilo que ela contém para as pessoas que vem procurar e visitar.
O Museu promove exposições temporária, atividades educativas e culturais, presta auxílio e atendimento a pesquisadores e mantém publicações especializadas.
Abriga ainda uma rica biblioteca com publicações, documento e obras raras datados de princípios do período colonial.
Pena que poucos conheçam este Museu que é uma verdadeira relíquia! Fica aqui um convite, visite-o!
Endereço: Avenida Tiradentes 676
Metrô Tiradentes Luz
Aberto de terça a domingo.
Fechado às segundas e gratuito nos sábados.
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