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Museu do Ipiranga

Museu do Ipiranga

Parque da Independência

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, também conhecido como Museu do Ipiranga ou ainda Museu Paulista, é o Museu Público mais antigo da cidade de São Paulo. Sua sede é um monumento edifício que faz parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência.

 

Universidade de São Paulo

É o mais importante Museu da Universidade de São Paulo e um dos mais visitados da capital paulista. Sua inauguração se deu, oficialmente, em 7 de setembro de 1895, com o nome de Museu de História Natural. Está vinculado a Universidade de São Paulo desde 1963, como uma instituição científica, cultural e educacional que exerce pesquisa, ensino e extensão com atuação no campo da História.

É responsável por um grande acervo de objetos, mobiliário e obras de arte, com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente.

Quadro Independência ou Morte

Uma das obras mais conhecidas do seu acervo é o quadro “Independência ou Morte”, pintado pelo artista Pedro Américo em 1888 recebendo em média 350.000 visitas anuais.

Além das exposições, as atividades do Museu do Ipiranga se estendem por meio de programas educativos, como cursos e pesquisas científicas que fazem uso dos recursos e do acervo permanente da instituição.

A ampliação de coleções se faz por meio de doações ou aquisições.

Em 1922, no período do centenário da Independência, formaram-se novos acervos, principalmente abrangendo assuntos de História de São Paulo e executaram a decoração interna do edifício. Pinturas e esculturas foram colocadas no Saguão, na Escadaria e no Salão Nobre, todas elas que representassem a História do Brasil. O objetivo era de reforçar a Instituição como símbolo histórico brasileiro.

 

Museu Republicano de Itu

 

Foi nesta época que se instalou o Museu Republicano e “Convenção de Itu”, uma extensão do Museu Paulista no interior do estado de São Paulo.

Reforma do Museu

Em agosto de 2013, o Museu foi fechado ao público para obras, restauros e reparos, após um estudo apontar que a estrutura do prédio estava comprometida. Após 9 anos de obras, o Museu foi reaberto, oficialmente, em 6 de outubro de 2022 como parte das comemorações do bicentenário da Independência.

História

A data de 7 de setembro de 1822 como um marco da História Nacional foi também uma construção política.

O ato da proclamação da Independência pelo Imperador D.Pedro I, no riacho do Ipiranga, teve pouca repercussão na imprensa, na Corte do Rio de Janeiro. Nem mesmo o próprio protagonista do episódio, D. Pedro I, deixou registros a respeito, na carta que escreveu, no dia seguinte, dirigindo-se aos paulistas.

Grito do Ipiranga?  Somente em setembro de 1823, na Assembleia Constituinte é que membros da Província de São Paulo iniciaram as discussões sobre a possível construção de um monumento em memória do grito de Independência.

Foto da construção do Museu do Ipiranga

Somente em 1826 o Parlamento apoiou a introdução de 7 de setembro na categoria de “Festividade Nacional”. A partir daí o debate acerca de uma construção imponente de demarcação da data histórica foi ganhando espaço. Porém, sempre sendo postergada sob a justificativa de falta de recursos. Foi somente entre 1885 e1890, ao mesmo tempo em que se intensificavam as propagandas republicanas e a luta abolicionista, que se deu a resolução que os órgãos da imprensa paulista da época chamavam de “questão do Ipiranga”.

Assim, em meio a muitos debates e desencontros de ordem política, o Museu do Ipiranga veio para demarcar definitivamente o lugar de proclamação da Independência do Brasil.

O edifício, inicialmente projetado para concretizar a versão conservadora da proclamação da Independência adquiriu outros significados a partir da Proclamação da República, dentre eles o de” Renascimento da Nação”.

Com sua apropriação pelo governo do Estado de São Paulo, que o transformou em Museu público, a significação do Monumento passou pela ideia de que a história do progresso nacional era a história do progresso de São Paulo, com o Porto de Santos então recém-inaugurado.

Tommazo Gaudenzio Bezzi

 O arquiteto e engenheiro italiano Tommazo Gaudenzio Bezzi foi contratado em 1884 para realizar o projeto de um monumento edifício, no local onde aconteceu o evento histórico da Independência do Brasil, embora esta ideia já existisse desde aquele episódio, em 1822.

O edifício começou a ser construído em 1885. Conta com 185 metros de comprimento e 16 metros de profundidade com uma profusão de elementos decorativos e ornamentais.

O estilo arquitetônico e eclético foi baseado no de um palácio renascentista. A técnica empregada foi basicamente a da alvenaria de tijolos cerâmicos, uma novidade para a época, pois a cidade ainda estava acostumada à construção com taipa e pilão.

As obras encerram-se em 15 de novembro de 1890, no aniversário da República. Cinco anos mais tarde, foi criado o Museu de Ciências naturais, o qual se transformou no Museu Paulista.

Arsênio Puttemans

 

Em 1909, o paisagista belga Arsênio Puttemans executou os jardins ao redor do Edifício. Este, por volta de 1920, foi substituído pelo paisagismo do alemão Reynaldo Dierberger, desenho este, que permanece até os dias atuais.

Reynaldo Dierberger

 

Século XX

Em 1922, século do centenário da Independência, o caráter histórico da mesma foi reforçado, quando novos acervos foram criados, com destaque para a História de São Paulo.

Ao longo do tempo, houve uma série de transferências de acervos para diferentes instituições. A última delas foi em 1989 para o Museu de Arqueologia e Etimologia da USP. A partir daí, a Instituição vem ampliando seus acervos referentes ao período de 1850 a 1950 em São Paulo.

Até seu fechamento para reformas, o Museu Paulista possuía um acervo de mais de 125 mil unidades, entre objetos, iconografia e documentação textual do século XVII até meados do século XX. Isto é muito significativo para a compreensão da sociedade brasileira, especialmente ao que se refere à história Paulista.

Desenvolve também um projeto de ampliação de seus espaços físicos.

Aqui fazemos uma pausa, para na próxima semana voltarmos ao assunto.

Helena Landell

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