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Santiago de Compostela

 

Muito se houve falar de Santiago de Compostela, porém nem todos sabem sobre o lugar, como e o porque  de ir até lá!

Santiago de Compostela é a capital da região de Galiza, no noroeste da Espanha. A cidade é conhecida como ponto culminante da rota de peregrinação dos Caminhos de Santiago   e o suposto lugar de sepultamento do apóstolo bíblico São Tiago, cujos restos mortais estariam dentro da Catedral de Santiago de Compostela, consagrada em 1211. 

O caminho de Santiago de Compostela, é uma das mais antigas e conhecidas rotas de peregrinação do mundo. Com uma distância de quase 800 quilômetros o caminho tradicional começa na cidade francesa Saint-Jean-Pied-de-Port e vai até a cidade de Santiago de Compostela, na Espanha.

 

Os quilômetros que separam as duas cidades são repletos de lindas paisagens, cidades encantadoras e muita história.

Além disso, durante o trajeto, você vai desfrutar de uma verdadeira viagem inesquecível, onde possivelmente você conhecerá muitas pessoas, vindas de lugares diferentes, culturas diversas e que estarão lá com o mesmo objetivo.

É uma viagem onde se misturam lenda e tradição, mitos e curiosidades.

 

 Os peregrinos carregam uma concha pendurada ao pescoço, também chamada de Vieira que significa a purificação e renascimento; apoiam-se em cajados, indispensáveis para os longos estirões, é a terceira perna, que tanto na subida quanto na descida, ajuda muito.

 Contam com a sinalização para que ninguém se perca. As setas aparecem nas estradas, trilhas, paredes, placas e até no chão.  

Certamente o caminho de Santiago pode ser apenas um percurso desafiador para os viajantes, um destino para curiosos, que desejam somente conhecer um lado mais primitivo da Europa, onde os  habitantes camponeses e religiosos continuam intactos ou até mesmo como uma viagem mística em busca de autoconhecimento.

Não há apenas um caminho para Santiago, porém o mais famoso e popular entre os turistas é o francês acima citado. A rota pela França é também a mais longa e  portanto indicada para pessoas que possuam tempo e disposição para enfrentar tal distância. É uma caminhada feita geralmente em 35 dias de muita aventura, inspiração e reflexão. Há outros, vindos de  países como de Portugal, Inglaterra …

Os quatro principais itinerários para chegar a Santiago de Compostela são hoje considerados Patrimônio Cultural Europeu pela Unesco, o que torna a viagem ainda mais especial.

Nesta caminhada, lenda e tradição, mitos e curiosidades estão misturados!

Como chegar a Santiago? O meio mais confortável e moderno, de avião, mesmo porque o município possui um aeroporto situado há onze quilômetros do centro.  Pode-se também chegar de ônibus, partindo de Madri, Salamanca, Sevilha ou Barcelona.

 Outras possibilidades, é ir a pé, de bicicleta ou a cavalo.

 Durante o caminho os andarilhos passam por diversos terrenos com pastagens e lavouras, estradas pavimentadas e trilhas abertas no meio do percurso. Pode parecer complicado, mas é quase impossível de se perder, já que existem diversos sinais e setas amarelas que orientam os viajantes até o destino final.

 

 

Este caminho francês é feito desde a Idade Média, onde milhares de peregrinos europeus cruzavam os países em busca da cidade de Santiago de Compostela.

Entre 866 e 910, em lugar da capela de pedra erguida sobre o túmulo do apóstolo Tiago, o rei das Astúrias ordena a construção de uma igreja maior.

 Em 950 um bispo francês faz uma peregrinação a Compostela, inaugurando um gesto que seria repetido por séculos, por autoridades, entre elas Santa Isabel de Portugal em 1326, Francisco de Assis em 1213 e outros tantos reis e rainhas, artistas, escritores, etc.

 No século XII, por todo o trajeto começaram construções de igrejas, mosteiros, albergues de estilo românico, os quais representam o ideal Cristão.

Reis, rainhas, monges, começaram a oferecer proteção aos peregrinos, assim como infraestrutura, conservação de estradas e pontes.

Nesta época o papa Calixto incluiu Compostela como um dos centros cristãos de peregrinação, denominando os Palmeiros, aqueles que vão a Jerusalém; Romeiros, os que vão a Roma e Peregrinos, os que atravessam campos (per+agro).

Em 1128 terminaram as obras da atual Catedral de Santiago, obra que durou cerca de 50 anos para ser concluída.

 O interesse pela peregrinação aumentou e tomou novo impulso em 1982 com a peregrinação do papa João Paulo II.

Em 1985 a Unesco declarou Santiago de Compostela como Patrimônio da Humanidade e recebeu o título de primeiro Itinerário Cultural Europeu.

 

 Qual a melhor época para fazer o caminho de Santiago?

 É durante a primavera ou outono na Europa. Como o Caminho está localizado no Hemisfério Norte, a partida deverá ocorrer entre início de maio e a primeira quinzena de junho, (período da primavera). Outra possibilidade, na segunda quinzena de agosto e início de setembro (período do outono).

Não é recomendável viajar fora destes meses, pois o verão na Península Ibérica apresenta altas temperaturas e no inverno há neve, principalmente nas regiões de maior altitude.

É interessante notar que, apesar do objetivo ser a chegada a Santiago, muitas vezes ao atingir a cidade e ver a Catedral, pessoas sentem-se tristes …  parece  que … e  agora?

 O importante não é chegar e sim a viagem, a parte mais gostosa é o caminho.

 As principais lembranças são: a natureza, os vinhos que são tomados, a solidariedade e o compartilhamento das pessoas.

 É lógico que o objetivo, o apogeu é o de chegar a Compostela. As lembranças, as grandes recordações, certamente vão ficar durante a caminhada, mesmo o cansaço é lembrado com prazer, a satisfação do descanso, do repouso, até isso acaba ficando nas suas memórias.

É surpreendente, quando se está perto do final da caminhada, começa-se a querer que não acabe.

 Isto porque durante os quilômetros percorridos conheceram várias pessoas, tiveram tempo suficiente para refletir sobre o que fizeram no passado, o que estão fazendo agora e… o  que farão no futuro . É o momento de compreender a religiosidade dos lugares e trabalhar o desprendimento. Nada de hotéis caros, mas pequenos albergues, com comida simples e compartilhada com pessoas de todas as classes sociais. Estar disponível para escutar outras pessoas, não ter vergonha.

 

 É uma experiência maravilhosa e única!

 

 É importante estar aberto às novas experiências. Não é preciso luxo para se conhecer o mundo, esta viagem é uma das menos caras e vale a pena. Você vai se sentir transformado!

E agora a Maria Helena Landell, professora de francês, todos os níveis, idades e interesses, gostaria de sugestões de assuntos para novas publicações… Telefone 11-9-9630-6438.   

   

 

 

Helena Landell

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